sábado, 28 de julho de 2012

Brasil e Argentina impedem o crescimento da América Latina



O Banco Mundial disse que o Brasil e Argentina estão impedindo o crescimento da América Latina. O Banco reduziu de 3,6% a previsão de crescimento, para 3,5% para este ano, na América Latina.

O Banco Mundial (BM) rebaixou, hoje, em um décimo suas previsões de crescimento na América Latina em 2.012, além de alertar para a desaceleração da economia brasileira e argentina.

Segundo seu último informativo sobre as perspectivas econômicas mundiais, o BM rebaixou de 3,6% para 3,5% a previsão de crescimento para esse ano, destacando os "ventos contrários" procedentes das tensões na Europa que provocaram um declínio dos preços das matérias-primas e fluxo de capital na região.

Uma das razões que mais pesa nessa previsão que explicam esses dados é a perspectiva de crescimento para o Brasil, a principal economia da região, prevista para fechar o ano de 2.012 em 2,9%, meio ponto abaixo das previsões de janeiro, que eram de 3,4%, segundo essa agência.

De acordo com esse contexto, a situação externa é séria e, de acordo com o Banco Mundial, é uma das causas da desaceleração do crescimento no Brasil. No entanto, a agência também aponta para um retorno de crescimento em 2.013, como resultado de forte investimento previsto para a Copa do Mundo de 2.014, além da expansão das políticas monetárias.

Enquanto isso, a agência prevê uma desaceleração significativa na Argentina, durante esse ano. Segundo o relatório, este país sul-americano vai enfrentar essa desaceleração devido a uma menor demanda interna e parceiros comerciais fracos, especialmente o Brasil.

O México, outra das grandes economias latino-americanas, registraram um pequeno aumento da atividade econômica deste ano. Além disso, o BM indica que, apesar da ligeira queda nos preços da energia fornecidos durante o ano, os grandes exportadores de petróleo e gás da região, incluindo o Equador, Bolívia e Venezuela, mantiveram bom ritmo.

Enquanto em países de renda alta, o Banco mundial não muda seus prognósticos de que o crescimento continuará fraco (1,4% em 2.012), neste último relatório o BM prevê um crescimento em países em desenvolvimento em queda, ou seja, continuará crescendo mas num ritmo menor, 5,3%, um décimo menor que a previsão de janeiro.

Para essas nações, o organismo internacional apela para a luta contra as vulnerabilidades e os aconselha a reduzir sua dívida de curto prazo, reduzindo o déficit fiscal e e recuperando uma política monetária mais neutra.

Fonte: RT-TV

Comentário: É a primeira vez que eu vejo o Brasil e Argentina de mãos dadas.

Depois de a Argentina estatizar empresas de petróleo, começa a bater de frente com a comunidade econômica internacional. Já a insistência em afirmar que o Brasil está com problemas econômicos, eu diria que isso se deve ao fato de o Brasil estar blindando sua economia contra a especulação.

Tanto o Brasil quanto a Argentina estão praticando políticas bilaterais com a China. A China tem conquistado países socialistas, como Brasil e Argentina, e países capitalistas de direita, como Austrália e Japão.

Não dá para fechar os olhos para uma super economia que consegue mão-de-obra extremamente barata, elaborando estratégias que combinam desde o socialismo e capitalismo, até práticas tradicionais de expansão de influência econômica, típicas de instituições como FMI e Banco Mundial, fazendo alianças e oferecendo crédito a todos os seus parceiros, fazendo com que eles se tornem fortes e não afetem a sua própria economia e a sua demanda por matérias-primas, por causa da crise mundial.

Comentário: By Jânio