O governo britânico sempre foi um dos maiores críticos de nossa macro economia e a principal queixa sempre foram os juros altos.
Com uma boa reserva de moeda estrangeira e investidores fugindo da crise mundial, o governo pode se dar ao luxo de taxar o capital especulativo, deixando bem claro que eles não são bem vindos.
Para evitar a bolha que quebrou várias economias pelo mundo, como foi o caso da Islândia e quase todos os países europeus, o governo brasileiro taxou o investimento a curto prazo, mantendo nossa economia aberta ao investimento de longo prazo. O que parecia certo, acabou não acertando no alvo - eu diria que passou longe disso.
A crença de que o Brasil era uma super economia e que poderia se dar ao luxo de regulamentar o mercado a nível internacional, não foi bem aceita pela comunidade mundial, afinal, a mídia é formada basicamente pela burguesia, classe média alta, justamente os que mais ganham dinheiro fácil com especulações, já que detém as fontes de informações.
Para complicar ainda mais a situação do governo brasileiro, Guido Mantega, ministro da fazenda, divulgou uma previsão otimista de crescimento de 4,5% para o PIB brasileiro, no início do ano, errou feio. Já no final do ano, a previsão é de que a economia feche o exercício de 2.012 em 1%.
Isso irritou os investidores, comprometeu a confiança do ministro da fazenda e as reações não tardaram a aparecer.
A revista Economist chegou a sugeriu a demissão de Guido Mantega, num claro recado dos investidores internacionais, mas não sensibilizou a presidente Dilma. Dilma esnobou a revista, tratando-a como estrangeira, e sobrou até para a mídia nacional que preferiu dar mais importância a opinião que veio de fora.
O que Dilma esqueceu de observar é que os brasileiros podem estar concordando com os estrangeiros, apesar de não terem coragem de opinar.
De minha parte, eu acredito que o governo brasileiro tenha controle sobre a economia. Quando se fala de economia no Brasil, fala-se de uma briga de ricos, para se falar de pobres, seria preciso falar de IDH.
Não dá para mudar muito na vida do pobre brasileiro, de um jeito ou de outro, sempre haverão corruptos roubando o dinheiro público, lícita ou ilicitamente.
Os impérios dos BRICS tem essa característica em comum, a de se preocupar demasiadamente com a desaceleração da economia.
Se todos os problemas nos serviços públicos fossem sanados, certamente não haveriam desempregados no Brasil, pelo contrário, haveria falta de mão-de-obra.
O principal responsável pelo fiasco do PIB brasileiro, foi a queda da exportação de matérias primas, provocadas pela crise mundial. Essa dependência excessiva da exportação é irônica para uma economia que deveria ser auto-sustentável.
Isso mostra também que o consumo interno é fraco e que a população está muito pobre, economizando.
A culpa do governo foi manter-se o tempo todo no limite, com altas taxas de juros, tendo como desculpa a inflação, quando na verdade o problema era a alta carga de impostos que provocava sonegação e falta de concorrência, além de criar vários tipos de máfias no país.
Não adianta acreditar que autoridades brasileiras serão honestas, só porque o STF deixou de ser o testa de ferro do governo. Enquanto ninguém for preso, e continuar na cadeia, eles continuarão sendo corruptos.
Se for para cobrar impostos altos, para deixar nas mãos dos corruptos, mantendo a infraestrutura do jeito que está, então, seria melhor nem cobrar nada e nem fazer nada, como de fato não fazem.
By Jânio