Origem do nome - Hebraico e Latino
Influências - Teologia, Filosofia
Definição - Um ser vivo distinto do corpo.
Conhecida por ser imortal
Nota: Para outros significados, veja Alma (desambiguação).
Alma é um termo derivado do hebraico nephesh, que significa vida ou criatura, e também do latim animu, que significa "o que anima".
Na religião possui grande importância, sendo o motivo de haver capacidade ao indivíduo a fazer e viver coisas e momentos complexos. Foi discutida e citada na filosofia.
Comentário: "A relação com o hebraico é mais importante, por isso a alma tem muito a ver com religião."
Na Teosofia, a alma é associada ao 5º princípio do Homem, Manas, a Alma Humana ou Mente Divina. Manas é o elo entre o espírito (a díade Atman-Budhi) e a matéria (os princípios inferiores do Homem).
Assim, a constituição sétupla do Homem, aceita na Teosofia, adapta-se facilmente a um sistema com três elementos: Espírito, alma e corpo. Sendo a alma o elo entre o Espírito e o corpo.
Comentário - "A partir da constituição do ser humano completo, corpo, alma e espírito, é difícil não lembrar de Pai, Filho e Espírito Santo. Nessa constituição, Jesus é o corpo, Deus é a alma e o Espírito Santo é o que os une.
A divisão da alma, corpo e espírito, é extremamente complexa, não para o entendimento mas, principalmente, para a crença. Algumas pessoas nem conseguem distinguir o espírito do corpo, quanto mais a alma do espírito, o que seria quase impossível.
Apesar disso, a filosofia popular apresenta constantemente esses conceitos, e nem há necessidade de distinção, identificação, já que para sermos pessoas íntegras deveremos nos preocupar com as três partes."
De uma forma geral, a ciência moderna estuda o homem sem fazer referências a uma alma imaterial, uma vez que, se existe, não pode ser observada nem medida pelos instrumentos atuais. Apesar disso, alguns cientistas têm tentado encontrar evidências da existência e da natureza da alma humana. Muitas das pesquisas científicas nesse assunto vão em direção das experiências de quase-morte, porém não existem provas conclusivas para a ciência moderna de que realmente os pacientes saíram do próprio corpo, ou se sofreram de alucinações. Há também alguns cientistas como Ian Stevenson e Brian Weiss que conduziram estudos de caso sobre crianças narrando experiências anteriores ao nascimento, e que poderiam sugerir uma possibilidade de reencarnação (portanto, existência da alma), embora não tenham demonstrado pelo processo científico como isto poderia ocorrer. Tampouco descartavam hipóteses como as narrativas serem fruto da imaginação.
Comentário: "Fica claro que a ciência não poderia explicar a existência da alma, principalmente depois que as ciências se distinguiram das ciências ocultas. Talvez fosse o caso das ciências estudarem a si mesmas, procurarem a sua própria alma, nas ciências ocultas.
Na questão da Quarta Dimensão, a ciência conseguiu quebrar essa barreira entre o material e o imaterial, contudo, na questão da alma ela hesita justamente para não ceder espaço para a religião."
A neurociência é um termo que reúne as disciplinas biológicas que estudam o sistema nervoso. Muitas descobertas da neurociência trazem intrigantes fatos a respeito da mente.
Comentário: "A neurociência tem evoluído muito mas está muito limitada, apesar disso, foi importante na humanização dos tratamentos mentais."
O estudo de pessoas que tiveram os dois hemisférios cerebrais separados (o que se chama de calosotomia, resultado de cirurgia para tratar casos graves de epilepsia, ou devido a traumatismos ou derrames) têm trazido importantes implicações para o entendimento do funcionamento da mente. Os hemisférios direito e esquerdo são em muitos aspectos simétricos. O hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério direito controla o lado esquerdo e as funções mentais são distribuídas nos dois. No entanto, na maioria das pessoas, algumas funções mentais são mais concentrados no hemisfério esquerdo (linguagem, raciocínio linear), enquanto outras são mais concentradas no direito (emoções intensas, intuição espacial do próprio corpo, expressão emocional no rosto), embora essas funções não sejam exclusivas de cada hemisfério. Além disso, o campo visual esquerdo de cada olho é recebido pelo hemisfério direito e o campo visual direito é recebido pelo esquerdo. O corpo caloso permite a comunicação entre os dois hemisférios.
Ocorre que nos pacientes que tiveram seu corpo caloso completamente dividido (calosotomia), os hemisférios perdem a comunicação entre si (embora com o tempo o cérebro tenda a encontrar outras maneiras de estabelecer comunicação entre os dois hemisférios através de outras conexões nervosas que existem no cérebro além do corpo caloso). Com isso, o hemisfério esquerdo, que controla o lado direito do corpo e é especializado na linguagem, passa a funcionar de modo separado do hemisfério direito, que controla o lado esquerdo do corpo e é especializado nas emoções.
Embora o hemisfério direito não tenha acesso aos centros de linguagem e, portanto, não possa falar, ele pode rearranjar cartas com letras dispostas numa mesa com a mão esquerda. Por exemplo, em um estudo, a um sujeito que havia sofrido calosotomia foi perguntado sobre qual é sua profissão ideal. Verbalmente (ou seja, usando o hemisfério esquerdo), o paciente respondeu que ele gostaria de ser desenhista. No entanto, com a mão esquerda (isto é, usando o hemisfério direito), ele rearranjou as letras formando as palavras "corrida automobilística" ("car race", em inglês) sem que seu hemisfério esquerdo (o que fala) tivesse consciência disso.
Roger Sperry, sobre numa pesquisa com pacientes com o cérebro dividido, relata que, quando foi mostrada ao hemisfério direito do paciente (por meio de óculos especiais que bloqueiam o campo visual direito de cada olho) uma foto de uma pessoa familiar, a mão esquerda apontou a primeira letra do nome dessa pessoa, embora o paciente dissesse (o hemisfério esquerdo) que não via foto alguma e que tampouco movia o braço esquerdo. Quando uma foto do próprio paciente foi mostrada ao hemisfério direito, o paciente respondeu com reações emocionais tais como gargalhadas e sorriso autoconsciente, além de frases emocionais simples como "Oh, não! Oh, Deus!". O hemisfério direito também respondeu com polegar para cima ou para baixo de modo socialmente correto para fotos de personalidades famosas tais como Winston Churchill e Hitler. Tudo isso com o paciente dizendo (seu hemisfério esquerdo) que não via foto nenhuma.
O hemisfério direito do cérebro, funcionando independentemente e isolado do esquerdo, demostra inteligência. Ele pode perceber, analisar, lembrar, realizar raciocínio complexo, compreender emoções e expressá-las, demostrar conhecimento cultural e responder criativamente a novas situações.
Essas pesquisas mostram que, em alguns casos de cérebro dividido, o cérebro gera o que parece ser duas consciências separadas. A pesquisa sobre pacientes com cérebro dividido levou o neurocientista e ganhador do prêmio Nobel Roger Sperry a concluir: "Tudo o que vimos indica que a cirurgia deixou essas pessoas com duas mentes distintas, isto é, duas esferas separadas de consciência. O que é experimentado no hemisfério direito parece estar totalmente fora do âmbito do que é experimentado pelo hemisfério esquerdo."
Uma das consequências mais dramáticas e evitadas da calosotomia é a Síndrome da mão alheia. Uma das mãos "ganha vontade própria" (em geral a esquerda) após a cirurgia e se opõe ao que o paciente deseja, desfazendo o que a mão direita faz (conflito inter-manual). Por exemplo, tarefas como abrir uma porta com a mão direita é desfeita pela esquerda. Ao se vestir, a mão esquerda pode se opor, e luta para tirar a roupa que a mão direita por sua vez luta para colocar. Em outro caso, a mão esquerda (hemisfério direito) de um paciente preferia alimentos diferentes e até mesmo programas de televisão diferentes, intervindo contra a vontade expressa pelas ações da mão direita que é verbalizada pelo paciente. Há ainda o caso de um paciente cuja mão esquerda se opunha sempre que o paciente tentava acender um cigarro e fumar, a mão esquerda frequentemente arrancava o cigarro ou o esqueiro e os atirava longe. Outro caso relatado é a de um paciente cuja mão estranha apalpava o seio de todas as mulheres que se aproximavam dele, provocando um grande constrangimento para ele.
De acordo com alguns ideais ateístas, esses estudos científicos colocam sérias questões ao dualismo, pois seus resultados parecem inconciliáveis com a ideia da existência de uma alma individual (isto é, indivisível) independente do cérebro, já que fornecem fortes evidências de que uma divisão física do cérebro produz como que duas almas diferentes que possuem propósitos, gostos, opiniões, personalidade e pensamentos diversos, embora compartilhem lembranças de fatos anteriores à separação dos hemisférios. Se a mente se torna duas mentes ao nível físico do cérebro dividido em dois, como não concluir que, durante o momento da morte física do cérebro e a ruptura cada vez maior das conexões neurais, o que chamamos de mente se multiplica em numeráveis mentes cada vez mais dispersas até que todas as conexões se desfazem?
Porém, do ponto de vista de defensores da alma, isto implica apenas no resultado de um efeito fisiológico do corpo. Sendo o corpo o invólucro temporário da alma, esta fica sujeita as condições que este lhe oferece para se expressar. Sendo a alma do ser humano condizente com o seu grau de evolução, esta também não é perfeita e esta sujeita as suas vontades enquanto no corpo, seguindo os princípios do livre-arbítrio, e também as suas limitações. Acontecimentos como estes podem ser parte de processos reencarnatórios, segundo os princípios da reencarnação. E também simplesmente explicados com o fato de o corpo ser a dualidade de emoção e raciocínio. Se o seu cérebro, órgão condutor e comandante do sistema nervoso, está dividido, o corpo fica passível de suas consequências. O fato de aparente duas consciências surgirem, nada mais é do que o emocional e o racional, que normalmente trabalham em conjunto, quando não em harmonia mas em acordo quando um supera o outro, neste caso ficam totalmente separados, expondo talvez, coisas que um deixava escondido do outro, quando expresso na atitude do ser humano alvo da Calosotomia.
Comentários: "Muita atenção nessa parte do texto pois é nessa parte que a polêmica se torna mais forte. As experiências com Calosotomia podem até insinuar que a religião é só uma crendice ou que a paranormalidade é só alucinação, mas só quem já passou por tais experiências sentiram essas emoções.
O fato é que nosso cérebro não é totalmente desenvolvido, apesar dos ambidestros levarem uma vantagem imensa - nesse ponto, a sociedade passa por uma revolução, já que todos estamos nos tornando involuntariamente ambidestros.
Particularmente, os epilépticos também podem apresentar algumas distinções em relação ao padrão de desenvolvimento mental normal de uma pessoa, podendo ou não se tornar canhoto, ambidestro, empreendedor, autodidata, além de apresentar históricos de sonhos lúcidos, sonambulismo, terror noturno, etc.
Quem tem experiência com epilepsia sabe como isso tudo funciona. Algum tipo de distúrbio leva a mente a um comportamento incontrolável para a ciência padrão, exigindo muito mais do que apenas técnicas científicas.
Nesse caso, a pessoa pode se tornar hiperativa, sua mente acelera e raramente traz consequências indesejáveis, levando a conclusão de que é um processo normal do cérebro.
Acontece que essas experiências podem levar uma pessoa a ter uma percepção maior que as outras, podendo proporcionar experiências inconfessáveis.
Os relatos da Idade Média são os mais corajosos, já que havia uma certa liberdade de culto à morte. Assim, uma pessoa que podia ver os mortos era considerada uma pessoa especial e não uma lunática.
O fato é que os epilépticos são muito sensíveis e certas experiências só pessoas muito sensíveis podem ter. A sensibilidade não era considerado um sentido vital, até há pouco tempo, mas isso tem mudado."
Chegou a uma altura na história da humanidade em que o Homem começou verdadeiramente a assumir a existência de uma alma.
A Alma sempre foi motivo de controvérsia entre as diferentes denominações religiosas e crenças, mesmo porque nunca foi totalmente compreendida, explicada ou observada.
Antes que o homem concluísse que a possibilidade de uma alma em evolução em conjunto com a mente de um indivíduo e com a paternidade de um espírito divino, julgou-se que ela residia em diferentes órgãos físicos – nos olhos, no fígado, nos rins, no coração e, posteriormente, no cérebro. Os selvagens associavam a alma ao sangue, à respiração, às sombras e aos reflexos do seu eu na água.
Mais tarde os hindus conceberam o atman. Os mestres hindus realmente aproximaram-se duma avaliação da natureza e da presença de um espírito, mas houve uma falha provável quando não distinguiram a co-presença da alma em evolução, potencialmente imortal.
Os chineses, contudo, reconheceram dois aspectos num ser humano, o yang e o yin, a alma e o espírito.
Os egípcios e muitas tribos africanas também acreditavam em dois factores, o ka e o ba; e não acreditavam geralmente que a alma fosse preexistente, apenas o espírito. Os antigos habitantes das terras que circundavam o vale do Nilo acreditavam que todo indivíduo favorecido tinha recebido à nascença, ou pouco depois, um espírito protector a que chamavam ka. Eles ensinavam que esse espírito guardião permanecia com o sujeito mortal ao longo da vida e que passava, antes dele, para o estado futuro.
Nas paredes de um templo em Luxor, onde está ilustrado o nascimento de Amenhotep III, o pequeno príncipe está retratado nos braços do deus do Nilo e, próximo a ele, está uma outra criança, idêntica ao príncipe na aparência, que é o símbolo daquela entidade a que os egípcios chamavam ka. Essa escultura foi terminada no décimo quinto século antes de Cristo.
Julgava-se que o ka era um gênio de espírito superior, que desejava guiar o mortal ligado a ele em caminhos melhores na vida temporal; porém, mais especialmente, ele desejava influenciar a sorte do sujeito humano na próxima vida. Quando um egípcio desse período morria, era esperado que o seu ka estivesse aguardando por ele do outro lado do Grande Rio. A princípio, supunha-se que apenas os reis tivessem kas, mas afinal, acreditou-se que todos os homens rectos possuíam-nos.
Toda esta rica ideologia cresceu, fomentando as raízes que derivaram posteriormente nos conceitos atuais da alma, base de muitas religiões cujos seguidores acreditam possuir almas, ou serem acompanhados por elas e mesmo até serem eles próprios as almas.
Comentários: "Nessa parte do texto notamos como é variada a relação dos vários povos com o conceito da alma e que, apesar de poucas pessoas dessas sociedades terem sensibilidade suficiente para buscar sua natureza divina, elas foram suficientes para estabelecerem religiões que foram tão importante para as suas culturas e para a evolução da humanidade.
A religião ganha força quando o caos toma conta do mundo, quando crises acontecem, como aconteceu na Idade Média, foi nessa época que o pensamento do ser humano passou por uma espécie de reciclagem, ou seja, foi nessa época que o ser humano voltou sua mente para o passado, para pensamentos, descobertas e criações que não foram reconhecidas, nessa época redescobrimos nossa alma.
Essas crises de época, causadas pela insustentabilidade de sistemas imperialistas ambiciosos, tornam as pessoas mais humanas, sensíveis, conscientes de suas almas. Isso poderá evitar que possamos adorar um artefato como uma bomba atômica, como aconteceu no filme "O Planeta dos Macacos", no futuro."
Comentários: By Jânio
Fonte: Wikipedia
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