terça-feira, 22 de março de 2011
Democracia do Brasil é um exemplo para o Oriente Médio
"A Democracia do Brasil deve servir de exemplo para os países do Oriente Médio."
Muitos brasileiros, políticos e ufanistas, podem ter enchido o peito de orgulho, ao ouvir essa frase de Barack Obama, eu me senti ofendido.
Essa frase é notadamente ambígua e, sim, Obama poderia estar elogiando o Brasil, mas poderia estar ofendendo também. Obama poderia estar elogiando e ofendendo, ao mesmo tempo, como é típico na política.
Na política há muitos protocolos, clichês ou frases prontas, nem todos os países merecem certos elogios. Assim temos o falido G-7, países que poderão decidir o futuro da humanidade, "merecedores" de todos os elogios possíveis.
Países pobres, vítimas de séculos de exploração e ditaduras, motivos mais que suficientes para uma invasão, principalmente os produtores e exportadores de petróleo.
O Governo americano já não tem prestígio internacional, exceto no Brasil. Não passa de um gigante caído, por isso já desistiu de liderar novas invasões.
Criou-se o G-20, evitando-se que o poder se espalhasse em todo o planeta.
Para não dizermos que não há notícias boas, o fim das ditaduras no mundo inteiro é um sinal dos novos tempos. Quando só em países como Israel restarem conflitos internacionais, o diálogo será inevitável.
Até em países como os EUA, Alemanha, França, Canadá e Inglaterra, o povo já descobriu quem são os seus próximos, pessoas com as quais devem lutar pelos seus objetivos. Afro-descendentes e latinos, nos EUA, foram pioneiros em mostrar as verdades capitalistas para o mundo.
Essa última crise, na qual todos os países ricos se endividaram, mostrou as diferenças entre os ricos e os pobres. Na macro-economia há tantas diferenças dos países ricos, em relação aos países pobres, quanto a burguesia em relação às pessoas mais pobres.
Não é mais só uma questão de dinheiro, é uma questão de preconceito e discriminação, onde o Brasil é um gigante autosustentável, cheio de corrupção, lavagem de dinheiro, tráficos, contrabandos, e crimes muito piores do colarinho branco, onde os financiamentos obscuros são controlados pelos políticos e coronéis da política.
Na enchente do Paraná, seriam necessários apenas 88 milhões de reais, mas o Ministro que lá esteve, já avisou: "O Governo dará o dinheiro, mas não todo."
É claro que nós sabemos que o Goveno não poderá dar todo o dinheiro, afinal, os fundos bancários já tem destino certo. Pelo menos é isso o que demonstra os processos contra o Panamericano, Chico da Fossa, lotéricas, etc.
Perto de nossos escândalos, o investimento americano de um bilhão, não representa quase nada, já não precisamos mais deles.
O que precisamos é fazer uma greve geral, marcar as empresas que roubam nosso dinheiro, descobrir o nível em que as empresas de comunicação estão envolvidas nesses esquemas fraudulentos e jogo de interesses, para então boicotá-los.
Cada vez que empresários como Sílvio Santos fazem um financiamento, milhares de pessoas morrem nas filas de hospitais, pessoas morrem em estradas mal conservadas, desempregados passam para a marginalidade e matam nas ruas escuras.
- Sr. Obama, queremos o nosso Haiti de volta, somos um exemplo para eles!
By Jânio
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