segunda-feira, 23 de maio de 2011
Crime quase perfeito
Entre os Crimes mais Polêmicos dos últimos anos, a metade deles são complexos, sofisticados.
O caso da família Richthofen, por exemplo, foi premeditado, o problema é que ninguém acreditou na versão da filha do casal. Criminosos de primeira viagem procuram desesperadamente se livrar do crime.
Ela tentou deixar o namorado com a culpa e, no final da história, todas as versões se completaram incriminando todos os três.
No Caso de Isabella Nardoni, outro criminoso de primeira viagem acreditou que poderia se livrar da culpa mas, no final, acabou levando também a mulher para a prisão.
A filha de Glória Perez desapareceu, mas o high society também tem high technology para incriminar o principal suspeito, expondo pessoas importantes e empresa importante.
Mais recentemente, os casos Mércia e Eliza Samúdio foram os crimes que chamaram mais a atenção. Os dois crimes tem características de crimes quase perfeito.
O crime perfeito é o crime que não deixa suspeitos. Na medida em que a sociedade entrou em decadência, a tecnologia evoluiu, mostrando detalhadamente os traços de sua falência.
Com o fator tecnológico tão presente em nossas vidas, a filosofia popular continua valendo: "Não há crime perfeito".
No caso de Eliza samúdio, ela deixou um vídeo acusando o namorado. Se alguém tivesse conhecimento do vídeo, poderia ter cometido o crime, deixando o suspeito em situação complicada.
Aconteceu um fato interessante no caso Mércia também: Seu namorado, sendo policial, estava seguro de estar acima de qualquer suspeita, acabou envolvido.
Talvez em noventa por cento dos casos de crimes premeditados, número hipotético, os criminosos deixem rastros. A quebra do sigilo telefônico, bancário, câmeras, internet, fotos de celular, etc., podem revelar pistas do crime, entre as pessoas mais próximas e, em alguns casos raros, pode revelar crimes ainda piores que o investigado.
Em minha pequena cidade, há trinta anos atrás, bastou um grampo telefônico para revelar uma face do crime organizado até então desconhecida pela polícia. A investigação era de um assassinato encomendado, mas a polícia descobriu uma rede de criminosos que vendiam carteiras de motoristas.
A ocultação do cadáver é considerado crime grave, mas quando ocorre entre os ricos, com a ajuda de um bom advogado, pode se constituir um crime perfeito.
A prova concreta do crime é sempre necessária, sem essa prova, são necessários indícios fortes, pistas, boa argumentação, para convencer o Juiz, desde que o Juiz seja bom, evidentemente.
Assim como na fofoca, o crime decididamente não é para amadores. Um bom fofoqueiro sabe onde a fofoca deverá ser contada, para se espalhar mais rapidamente, livrando-o da culpa - o criminoso experiente sabe como se esquivar, evitando deixar pistas.
Quem dará a última palavra, entre os crimes modernos, será a tecnologia. A Justiça dos homens, agora, terá a ajuda da justiça das máquinas.
Será que já acharam o corpo do Osama?
By Jânio
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