quarta-feira, 27 de abril de 2011
Burguesia - Ricos modernos
Wikipedia: "A burguesia é uma classe social que surgiu na Europa na Idade Média (séculos XI e XII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, joias) e prestação de serviços (atividades financeiras)."
No início de sua formação, a burguesia não tinha interesse em poder e riquezas, suas atividades eram decorrentes de sua falta de opção. Viviam em pequenas cidades, protegidas por muros, burgos, enquanto as pessoas mais pobres que viviam fora dos burgos eram chamadas de extraburgos.
Com o crescimento das cidades, os burgueses tornaram-se mais importantes, criando suas primeiras organizações, artesãos e comerciantes formaram as guildas, promovendo o comércio. A consciência corporativa dessas associações, levou-os a objetivar os interesses de sua própria classe social.
Ainda na Idade média, esses burgueses aliaram-se à nobreza, através de casamentos, enfraquecendo o sistema feudal e, consequentemente, passando à ser a classe governante de nação-estados industrializados.
O crescimento burguês fez com que essa classe social chegasse ao topo da hierarquia, enquanto surgia a classe trabalhadora, operária, o proletariado, uma classe empregada pela burguesia.
Os burgueses tornaram-se mais ambiciosos, mesmo assim, mantinham sua tradição de desenvolvimento tecnológico e educativo.
A educação deixou de ser atividade religiosa, passando a ser parte do processo social burguês.
Essas mudanças foram fundamentais para que a nobreza promovesse novas revoluções na busca de atender os anseios burguês e da própria nobreza, acabar com os monopólios.
Novas idéias surgiram na era do pensamento, mas a filosofia passava a ter suas idéias fundamentadas no povo (burguês), nada faria sentido sem a organização e a participação burguesa.
O acordo entre o governo e o pequeno burguês (classe média), fez com que os governos desenvolvessem sistemas cada vez mais sofisticado de controle da sociedade.
Quando há uma crise, a burguesia não cede recursos e privilégios, quem sofre as consequências é o proletariado.
Há um ditado que diz que quem trabalha não tem tempo de contar o dinheiro. Esse ditado pode ser aprofundado, quem trabalha não tem tempo de pensar, estudar, organizar-se.
Poderíamos incluir aqui a TV, uma forma perfeita de anestesiar o espírito rebelde dos trabalhadores desfavorecidos. A igreja, naturalmente tem a sua culpa.
Quando um cidadão da classe baixa começa a se desenvolver - É, o capitalismo propicia isso - organizações secretas, ou não, saem a sua caça, para evitar mudanças no sistema.
Além de ser a base para o capitalismo, democracia, etc., a burguesia, naturalmente, opõe-se ao socialismo, em defesa de suas riquezas. Prega a idéia de que o comunismo tornará as pessoas pobres e sem nenhuma propriedade ou bens. Essa idéia deu certo até agora.
Na origem histórica, a união da burguesia e a nobreza fez com que as duas classes se tornassem cúmplices, criando o monopólio do poder, mas abolindo outros tipos de monopólios, onde os senhores feudais deixavam de competir pelo controle do Estado.
Houve estabilidade e os intelectuais passaram a ser fundamentais no desenvolvimento do absolutismo, totalitarismo e outras formas de governo.
Os intelecturais fiéis ao marxismo, esquecem a origem histórica. Nesse caso, o conceito de burguesia passa a designar os empregadores, período posterior à revolução indústrial, diretamente relacionado ao capitalismo.
Notem que o movimento burguês influenciou o mundo inteiro, alguns posicionando-se a favor e outros contra. O problema não está na burguesia, mas na forma como ela se tornou.
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