Artista ganhando dinheiro não é muito comum - É claro que estou falando do verdadeiro artista, aquele que prefere trabalhar a cultura e não apenas o entretenimento.
Talvez os fãs da pintura sejam os tipos mais injustos de amantes da arte, são muitos os pintores que morreram na miséria.
Em minha infância, eu li um livro com esse tema. "O Feijão e o Sonho", esse era o nome do livro.
O livro "O Feijão e o Sonho" narra a história de um poeta decadente que não consegue levar uma vida decente, já que sua profissão não propicia retorno financeiro suficiente para o seu sustento.
Essa é uma realidade bem brasileira, num país onde a cultura chega a ser quase que totalmente ignorada - o cinema, arte caríssima até há pouco tempo, correu o risco de ser extinto no país.
A pergunta que a professora de literatura fazia, em relação ao "O Feijão e o Sonho" era: O que você escolherira, o feijão ou o sonho?
É possível levar uma vida comum, enquanto se trabalha um projeto maior. Meu amigo, o escritor José Sidnei, diz: "Há momentos em que um escritor tem de viver a realidade da vida, para poder se inspirar e criar um bom trabalho literário.
Quando não é possível conciliar o sonho e a vida profissional, quem perde é a arte. Sonhos não enchem a barriga, por isso é preciso aprender a sobreviver, antes de começar a sonhar.
Quando um homem ou uma mulher casa, abdica de sua arte e de seu sonho, para cuidar só da família. Por isso, é tão importante que as famílias reconheçam o talento de um artista.
Muitos artistas morrem sem nunca ter tido uma família, por outro lado, quando certos artistas se casam, morrem, a não ser que haja muito amor e apoio. Isso me leva a concluir que amar também é uma forma de arte.
By Jânio