Às 11:40:14, hora local, em 15 de setembro de 2.007, um meteorito caiu perto da aldeia de Carrancas, região de Puno, Peru, perto da fronteira com a Bolívia e Lago Titicaca. O impacto criou uma cratera com mais de 4,5 metros de profundidade e 13 metros de largura.
Um funcionário local, Marco Limache, disse que uma água fervente, fétida e nociva, começou a sair da cratera e partículas de rocha e cinzas foram encontradas nas proximidades". O tamanho da cratera foi calculada em aproximadamente 13 metros quadrados.
Segundo os moradores, a bola de fogo era luminosa e possuía uma cauda de fumaça.
O pequeno choque sísmico quebrou janelas do centro de saúde local, um quilômetro de distância, e uma coluna de fumaça formou-se no local, durando vários minutos, com um gás saindo de uma água borbulhante da cratera.
Logo após o impacto, mais de 600 moradores visitaram o local e alguns começaram a adoecer de causas inexplicáveis, incluindo lesões, náuseas, dores de cabeça, diarreia e vômito.
Em 20 de setembro, cientistas peruanos confirmaram que tinha havido uma queda de meteorito, mas não era conhecida a causa das doenças. O meteorito deveria ter pelo menos três metros, antes de partir-se.
A água da região é conhecida por conter compostos de arsênico, acreditando-se que a doença fora causada por envenenamento por arsênico, quando moradores chegaram próximos da cratera e inalaram o vapor da água fervida, contaminada por arsênico. Apesar disso, a água potável da região não foi afetada, deixando a suspeita de que a doença fora provocada pela vaporização de troilite, um composto de enxofre do meteorito.
Apesar de alguns peruanos acharem que era um ataque, cientista da Universidade de Chicago, Larry Grossman, disse que as luzes aéreas e explosões relatadas não deixaram dúvidas sobre um meteorito.
Inicialmente, os cientistas descartaram a radiação como causa da doença. Renan Ramirez, Instituto de energia nuclear peruano, afirmou que as doenças poderiam ter sido causadas por enxofre, arsênico ou outras toxinas que podem ter derretido no calor extremo produzido pela queda do meteorito.
Don Yeomans, diretor do programa Near Earth Object da NASA, do Jet Propulson Laboratory em Pesadena, Califórnia, disse: "Estatisticamente, é mais provável que os gases tenham vindo de baixo e não de cima, assim, a fumaça que supostamente deixou os curiosos enojados, parece indicar atividade hidrotermal de uma explosão de gás local, já que os meteoritos não emitem odores."
Testes feitos com fragmentos do meteorito e com a água do local, indicaram que a doença de fato fora provocada por envenenamento por arsênico.
José Ishitsuka do Instituto peruano de Geofísica disse: "Se o meteorito incandescente chega a uma temperatura elevada por causa da fricção na atmosfera, atingindo a água pode criar uma coluna de vapor". Meteoritos, no entanto, muitas vezes afetam a terra em baixas temperaturas, fazendo deste um evento incomum.
Fonte: Wikipedia
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