terça-feira, 18 de setembro de 2012

Inocente encrenca de Maomé




Depois de muita polêmica em cima do história de Jesus Cristo, a polêmica do vídeo que faz insinuações à Maomé  mostra que a sociedade passou dos limites.

Em nome de uma tal liberdade de expressão, muitas pessoas trouxeram à tona uma discussão inconveniente sobre a vida pessoal de Jesus, como se isso fosse da conta deles. Além disso, insinuaram que a tal prostituta, perdoada por Jesus e que se tornou a Santa Maria Madalena, teria se casado com Jesus e que teria um filho dele.

Além do fato de Jesus significar a pureza, para quem é cristão, e que não somos perfeito diante dele, a castidade é muito importante para quem segue a Bíblia.  Se alguém não concorda com a parte polêmica da Bíblia, poderia pelo menos ter um pouco de educação e pensar na des(importância) que seus questionamentos implicam.

... mas como contornar uma polêmica dessa magnitude?

Eu já disse e torno a repetir: "Macho que é macho, não fica difamando o nome de Jesus, já que não lhe acontecerá nada e é muito fácil, macho de verdade critica Maomé". É, porque Maomé deixou bem claro em suas palavras, o castigo para quem profanar o seu nome.

Quem profana o nome de Maomé, é condenado a morte e não há discussão quanto a isso. Assim, quando um jovem muçulmano rebelde quer criticar a religião, ao invés de estudar a vida de Maomé, para poder criticá-lo,  estuda e critica Jesus.

É preciso sentir na pele, para saber a dor que os outros sentem.

Se Maomé deixou sua lei, está na hora dos cristãos criarem a sua, ou seja, antes de alguém se prestar ao serviço de falar mal da crença dos outros, melhor que receba a punição que merece, seguindo uma lei pré-estabelecida.

Não é só o caso do Islamismo, cristianismo, budismo ou outra religião, é uma questão de viver em sociedade. Analisando bem, não somos tão diferentes.

Todas as religiões pecam, quando pregam o fundamentalismo como a única alternativa de vida. Cada grupo tem o direito de decidir como desejam viver e quais doutrinais obedecer, mas tem de respeitar a liberdade das pessoas, entretanto, a sociedade também deve moderar nas suas manifestações, ou seja, manter o bom senso.

Quando um grupo de pessoas sai pelado nas ruas, está exercendo o seu direito de liberdade e qualquer religioso fundamentalista sabe o que deve fazer nessa hora, fechar os olhos. Por outro lado, se a polícia é avisada, se há um acompanhamento de um advogado, tudo é controlado, não que isso seja necessário, mas porque essa é a forma de respeitar as outras pessoas.

Se a sociedade não sabe porque a vaca é sagrada na Índia, então o problema é da educação, as escolas tem uma grande culpa nisso tudo.

É interessante porque uma pessoa pode amar e respeitar o seu cão ou gato, algumas pessoas tem cobras, tigres ou cavalos, mas não conseguem entender e respeitar o seu semelhante. Para mim isso também é problema da educação, educação cidadã.

Os burgueses estufam o peito e empinam os seus narizes para afirmar o que consideram certo, mas diante de questões polêmicas, não sabem o que é certo ou errado.

Eu não assisti e nem pretendo assistir ao filme Innocence of Muslims, acredito que quem deveria estar interessado em assistir, está revoltado, então já é um bom motivo para não assistir. Por esse motivo, eu não sei se é sátira, comédia, épico ou drama, o que eu sei é que o autor do filme vai ter mais problemas com os muçulmanos que com a burocracia das leis.

Há alguns temas que não se deve discutir, segundo a filosofia popular brasileira: religião, futebol e política.

Cada vez que se discute sobre esses temas, o resultado é sempre o mesmo, briga. Tudo começa com algumas pessoas desajustadas, encrenqueiras ou pilantras, em seguida, essas pessoas adquirem um olhar de mal caráter, pessoas sem nenhuma personalidade, para depois fazerem insinuações e provocar outras pessoas que pensam diferente.

Notem, aqui, que discutir é diferente de julgar ou aplicar a lei. Se a pessoa comete um crime, deve pagar por isso.

Se o direito de uma pessoa termina onde começa o direito da outra, então será nessa fronteira onde a lei deverá ser aplicada, antes disso, nada haverá para ser conversado.

A desobediência a esse preceito, provocou a morte do embaixador americano na Líbia, juntamente com alguns de seus funcionários. Naturalmente que o embaixador e seus funcionários não tinham nada a ver com o filme, isso quer dizer que o problema não é só o filme.

Quando alguma bomba explode e a mídia chama os autores de terroristas, pode querer dizer que os autores de tal delito são simples criminosos. Talvez eles tenham cometido um crime por vingança, sim, mas não são simples criminosos, aqui começam os problemas provocados pelo monopólio da mídia, mas não é só isso, há muitos interesses por trás disso.

No caso da religião, especificamente falando, e no caso do Oriente Médio, mais especificamente ainda, temos que respeitar muito o sentimento dessas pessoas. Normalmente ocorrem conflitos sociais, mas quando um povo sofre e tem na religião a sua única referência de vida, tirar esse seu único sentido de vida, poderá ser muito perigoso.

O cristianismo tem os seus principais fundamentos formulados em uma época difícil, sofrida, onde um homem sábio, Jesus, sabia que brigar contra o império não iria resolver muita coisa. O cristianismo ensina a resistir a dor, vencer o sofrimento e, nesse caso, a morte é a redenção. No caso do islamismo, eu não conheço nada, mas esses extremistas que misturam a religião e o estado, criam uma forma perigosa de pensar, onde a morte também traz a redenção mas, nesse caso, além de morrer, pode-se matar também.

Na Idade Média, tanto o catolicismo, quanto o protestantismo, podiam ser violentos em algumas regiões. A caça as bruxas não caçavam as verdadeiras e inocentes bruxas mas, sim, pessoas que não se enquadravam ao sistema ou que eram inconvenientes para ele.

É preciso moderação e educação, para evitar excessos, mas quando um erro grave é cometido, fica difícil de se contornar a situação. Esse filme de Nakoula Basseley não tem nada a ver com o governo mas será uma boa desculpa para se fazer a guerra, coisa que os americanos entendem muito bem, e os extremistas também, o filme até parece coisa mandada.

Agora os muçulmanos que brigam com a Google, para que o site retire o filme do ar, mostrando o quanto as estruturas religiosas são frágeis no Oriente Médio - Ou seriam fundamentalista? - por outro lado, os americanos já encontraram alguém para pagar o pato, um criminoso chamado Nakoula Basseley.

Como podemos ver, não há nada de inocente nessa história e o Youtube tem até um discurso politicamente correto, entretanto, já começa a desativar o vídeo em alguns países.

Eu acredito que esse tipo de conflito deverá ser cada vez mais frequente nos próximos anos e que a internet terá uma participação fundamental em tudo isso. Mais do que nunca, será preciso analisar cada fato e em qual contexto ele está incluído, será preciso também muita educação para que esse mundo resista mais alguns séculos.

Se a filosofia popular nos diz que há males que vem para o bem, e esse filme serviu para desenterrar problemas mal resolvidos entre os muçulmanos e  americanos - eu fico pensando o que teria ocorrido se em suas últimas horas de vida, Hitler tivesse algumas bombas atômicas com ele.

Os americanos estão ficando cada vez mais frágeis, sem dinheiro, mas, ao invés de abandonar os ossos, estam começando a dividi-lo. Eu só espero que os novos países imperialistas pensem melhor antes de tomar uma atitude.

Talvez já tenha passado da hora de mudar as táticas de negociação, como Bill Clinton provou, ao negociar com o ditador norte coreano.

Para cada interesse de negociação, haverá sempre uma conspiração para por tudo a perder e gerar um novo crescimento para as indústrias bélicas, mostrando que esses gananciosos empreendedores da morte não acreditam que o fim do mundo possa ocorrer.

Está na hora de abrirmos os olhos, todos os três.

By Jânio