Mais um nome entrou para a história dos casos policiais bizarros de São Paulo, Elize Ramos Kitano Matsunaga, ela confessou ter matado o marido com um tiro na cabeça, esquartejado o corpo e espalhado suas partes principalmente na região de Cotia, São Paulo. Seu marido, Marcos Kitano Matsunaga, era diretor executivo da Yoki, uma das maiores indústrias de alimentos de São Paulo.
Um detalhe curioso desse caso é que a assassina, mulher da vítima, era bacharel em direito, lembrando os políticos brasileiros envolvidos em escândalos.
Com a instituição da família em decadência, a educação universitária brasileira que já não é das melhores, visto o suspeito número de aprovados no exame da OAB, mostra que seus graduados não acreditam no que estão estudando, o que é incoerente, por outro lado, noventa por cento dos presidiários sequer conhecem a lei pela qual foram presos.
A ré certamente não passaria no exame da OAB e, apesar da polícia ter iniciado a investigação baseando-se em crime passional, eu não descartaria a hipótese de crime premeditado.
Se um fanático religioso visse as imagens das câmeras que flagraram a assassina com sua bolsa, supostamente contendo partes do corpo que seriam espalhadas pela cidade, certamente ele diria algo como: "Essa mulher está possuída e exibe a sua maldade diante das câmeras para o país inteiro" - seria um discurso muito bonito, mas como um suposto crime premeditado, a realidade mostraria uma assassina fria que sabia muito bem o que estaria fazendo.
Assim como as histórias de vários outros crimes polêmmicos, em que eu concluí que os herdeiros da fortuna dos pais não estavam dispostos a esperar o momento de receber a herança, nesse não foi diferente. Foi impossível tentar imaginar o que os irmãos Cravinhos pensavam quando assassinaram os pais da namorada de um deles, milionários alemães Richthofen.
A polêmica história da morte da Isabella Nardoni, também envolvendo pessoas que conheciam muito bem a lei e que só foram condenadas porque as redes de TV transformaram a história num reality show, foi outra história que mostrou a decadência da burguesia, uma classe que não tem motivos para serem foras-da-lei, exceto pela própria falta de lei sendo aplicadas no país, e da educação.
Apesar de alguns casos chamarem mais a atenção das mídias de massa, basta uma pequena leitura nos noticiários locais para notar que a criminalidade está por toda a parte, descontrolada. Nem o desarmamento conseguiu comover a sociedade, o que mostrou que a religião também anda em baixa, pior, não consegue executar a sua função que era de recuperar as pobres mentes atormentadas pelos nossos selvagens sistemas político-sociais.
Cada vez que um levante, como o do PCC, CV, sem teto, sem terra ou outras revoltas, explodirem pelo país, várias pessoas que não tem nada a ver com o movimento, estarão entrando em alguma cabine, não para se transformar em um super-herói e salvar a humanidade, mas para colocar uma máscara, carregar o revólver e descarregar toda sua fúria.
Em minha pequena cidade, noventa por cento da população tem armas e algum figurão político disposto a retirá-los da cadeia, caso cometam algum crime. Enquanto isso, cinquenta por cento da polícia está mais preocupada com a distribuição de drogas legalizadas e patrocínio do comércio ilegal de armas.
A Segurança pública brasileira transformou-se em calamidade pública, mas o que mais impressiona é que a educação familiar tornou-se cúmplice dos maus exemplos dados pelas nossas autoridades, compadres dos mafiosos políticos.
By Jânio
Caso Isabella Nardoni distorce a realidade da justiça
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