quinta-feira, 23 de agosto de 2012

STF e o jogo do poder




O julgamento do mensalão está cheio de emoções, vocês não acham? Parece até o futebol masculino em busca de sua primeira medalha de ouro em uma Olimpíada, deixa todo mundo com água na boca mas, no final...

Cada ministro do STF que vota, é uma fase pela qual os réus terão de passar.

Eu fiquei me perguntando porque escolheram Joaquim Barbosa, o mais crítico entre todos os ministros, para ser o primeiro. Alguns ministros tem o discurso melhor que o voto e sempre decepcionam.

É que, passado o voto de Joaquim Barbosa, passou o maremoto. A partir daí, pode-se elaborar estratégias e acordões, áreas em que Gilmar Mendes - aquele que soltou o banqueiro Dantas - e Marco Aurélio - o egocêntrico - passarão a dominar os palcos.

A soltura do condenado por matar a freira Dorothy Stang, parece um mau presságio, mas eu quero estar enganado.

Depois de Joaquim Barbosa, quem votou foi o Lewandowski - aquele que a presidente disse que só tirava dez em concurso, como se isso fosse uma qualidade. Se você já fez prestou um concurso, sabe do que eu estou falando - e isso não é um bom sinal, não.  E ele fez questão de avisar que faria uma análise minunciosa de todo o processo - nem precisava - haja emoção!

Para variar, criou polêmica - Lewandowski absolveu João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados.

Na minha opinião, Gilmar mendes é o mais discreto e político, não costuma contrariar os donos do poder, quem poderá surpreender é Marco Aurélio, a cara da demagogia e da burocracia brasileira, que reza que a lei - burocracia - está acima de tudo, esquecendo sempre da ética, tão cultuada e pouco aplicada.

Lembrando que foi pela ética que Paulo maluf ficou quarenta dias na cadeia, porque se fosse pela lei, ele não ficaria nem um segundo. O Estado deve dar graças de não ser processado por racismo, por Maluf, eu acho até que ele não acredita muito na justiça brasileira.

By Jânio

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