Em declarações à RT, o vice-ministro de Defesa russo, Anatoly Antonov, criticou os países que acusam a Rússia de participar da suposta derrubada do vôo MH17 sem apresentar nenhuma evidência, e pede para a Ucrânia responder a 10 perguntas.
O vice-ministro russo da Defesa, Anatoly Antonov disse: "não consigo entender como alguns países ocidentais concluíram, em menos de '24 horas após o acidente' e sem apresentar qualquer evidência para respaldar suas afirmações de que a Rússia participou no acidente do voo MH17 da Malaysia Airlines que matou cerca de 300 pessoas.
O funcionário russo lamenta que a mídia ocidental tenha difundido tais informações. "Eu acho que isso é parte de uma guerra midiática que começou contra a Rússia e suas Forças Armadas", disse Antonov. Segundo ele, em vez de usar o acidente como pretexto para culpar injustamente a Rússia, a tragédia deveria ser usada como uma possibilidade de retomar a cooperação e tentar evitar tais tragédias no futuro.
"Eu gostaria de fazer algumas perguntas aos meus colegas das Forças Armadas da Ucrânia", disse Antonov em entrevista à RT:
01. Imediatamente após a tragédia, as autoridades ucranianas, naturalmente, atribuíram a responsabilidade à auto-defesa ucraniana. Em que se baseiam para fazer essas acusações?
02. Kiev pode explicar em detalhes como é que se usa lançadores de mísseis Buk (um sistema russo equipado com mísseis terra-ar) em uma área de conflito? E por que esses sistemas estariam ali, considerando que as forças de auto-defesa não tem nenhum avião?
03. Porque as autoridades ucranianas não fazem nada para formar uma comissão internacional? Quando esta comissão vai começar o seu trabalho?
04. Permitiriam as Forças Armadas da Ucrânia a entrada de investigadores internacionais para fazer um inventário de seus mísseis ar-ar e terra-ar, incluídos os já lançados?
05. A comissão internacional terá acesso aos dados dos movimentos dos aviões de guerra ucranianos no dia da tragédia, através de fontes confiáveis?
06. Porque os controladores de tráfego aéreo ucranianos permitiram que o avião se desviasse da rota normal que fazia ao norte, para fazer a rota chamada "zona de operação anti-terrorista"?
07. Porque o espaço aéreo sobre a zona de guerra não foi fechado para voos civis, considerando que a área não estava totalmente coberta pelos sistemas de navegação de radar?
08. Como pôde Kiev comentar oficialmente as palavras difundidas nos meios de comunicação sociais por um suposto controlador de tráfico aéreo espanhol que trabalhava na Ucrânia, sobre a presença de dois aviões militares ucranianos voando ao lado do Boeing 777, no território da Ucrânia?
09. Porque o Serviço de Segurança da Ucrânia começou a trabalhar com as gravações das comunicações entre os controladores de tráfego aéreo e a tripulação ucraniana do Boeing, e com os sistemas de armazenamento de dados de radares ucranianos, sem esperar pelos investigadores internacionais?
10. Que lições aprendeu a Ucrânia de um acidente semelhante em 2001, quando um avião russo, Tu-154, caiu no Mar Negro? Naquela época, as autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento por parte das Forças Armadas da Ucrânia, até que uma evidência irrefutável demonstrou que Kiev era oficialmente culpado.
Fonte: RT-TV
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