Desde que o Big Brother teve início no Brasil, eu estranhei. Big Brother parecia um programa de TV em início de atividades, TV sem orçamento ou TV paga, com um programa criado para um público reduzido.
O problema é que o SBT, do Grupo Sílvio Santos, já vinha exibindo um programa do tipo, sendo inclusive acusado de plágio. Estrategicamente, a Rede Globo foi obrigada a exibir o programa do qual ela já tinha direito de franquia.
No início eu já cheguei a conclusão de que essa rede de televisão ia queimar o filme, literalmente falando. No início eram selecionadas pessoas de vários perfis diferentes, inclusive pobres, apesar da preferência em investir em futuras celebridades.
O problema é que os pobres ganhavam tudo, além de serem mais difíceis de manipular. O risco é muito grande, quando uma pessoa sai do controle, inclusive com pessoas da classe média.
O escândalo do dia 15, domingo, é um dos maiores escândalos da história da emissora, poderá comprometer a continuidade do programa ou forçar a emissora a transferir o programa só pra tv paga ou alguma parceira de negócios.
Desde o assassinato de Daniela Perez, nunca se viu a emissora numa situação tão constrangedora. A criminosa relação com a CBF/FIFA não choca tanto as pessoas, mas questões como estupro e pedofilia irritam muito a sociedade.
Com a audiência e o controle que a emissora tem das mídias e agências de notícias, um escândalo como esse poderia ser facilmente abafado, exceto pelo fator internet, justamente quando os EUA tentam aprovar um projeto polêmico, exatamente pelo fato de que se a suposta nação mais "livre" do mundo aprovar um projeto desse, daria liberdade para nações de sistemas mais elitizados, como o Brasil, fazer o que bem entendessem.
Não é o primeiro ano que as polêmicas festinhas promovidas no programa, são criticados.
Primeiro, oferecem muita bebida para os participantes, para tentar quebrar a rotina e tirar os participantes fora de controle. Essa estratégia tem resultado em cenas cômicas, bizarras e criminosas, ironicamente, isso nunca mudou a opinião dos responsáveis pelo programa, até agora.
Todos os telespectadores já sabiam que os bastidores, a parte proibida, é a parte mais interessante do programa, mas essa parte nunca havia sido mostrada.
Quando o áudio do interrogatório, relacionado ao suposto estupro de monique, vazou na internet, foi a gota d'água para a Rede Globo. Daniel, o antagonista nessa história foi expulso.
Depois de uma festa regada a muito bebida alcólica, Monique e Daniel foram para o quarto e deitaram na cama juntos, depois de um rápido jogo de sedução (pegação), Monique teria dormido e Daniel saído do quarto. Depois de dormir, Daniel teria voltado e estuprado Monique.
Monique afirma não se lembrar de nada, e isso confirma o suposto estupro, ou, no mínimo, um abuso sexual enquanto Monique dormia. A estratégia de esconder tudo com a coberta, dessa vez não funcionou, pelo contrário, complicou a vida do réu, que já é acusado de crime hediondo.
Eu sugiro um tribunal virtual, com exame de corpo delito e tudo, para provar a culpa do réu, mas é claro que isso não vai ocorrer, não é mesmo?
O "Big Brother Brasil 12" já está na história do programa, como o ano do estupro.
Daniel estava no lugar errado, na hora errada, fazendo a coisa errada.
Isso me fez lembrar uma piada erótica que traduz muito bem o depoimento de monique: "Eu não sei de nada, eu só estou dormindo!"
By Jânio