Uma carta aberta, publicada pelo tabloide "The Sun" em um jornal de Buenos Aires, exige que a presidente Cristina Fernandez abra mão do território disputado.
O tabloide critica as tentativas desta nação Sul americana em recuperar a soberania do arquipélago controlado pelo Reino Unido, onde até o povo das Ilhas Malvinas que optam por tornar-se argentinos, continuam sendo absolutamente britânicos. Após a publicação, vários ativistas argentinos queimaram jornais e uma bandeira britânica.
A analista internacional Stella Calloni considera que Londres esteja violando resoluções da ONU, por não querer negociar com a Argentina, e porque tentou instalar nas Ilhas Malvinas, companhias de petróleo, proibido pela Organização das Nações Unidas. Além disso, a analista recrimina a existência de uma base militar britânica que figura até nos mapas da OTAN.
A especialista britânica qualifica as atitudes do Reino Unido de injustas, mas acredita que é preciso continuar lutando em todas as frentes diplomáticas. "É uma situação muito difícil, mas está ficando cada vez mais evidente a falta de razão da Gran Bretanha, que só tem a lógica da força ", sentencia Calloni.
As relações entre Londres e Buenos Aires tem se tornado tensas nos últimos meses, coincidindo com o 30 aniversário da guerra das Malvinas. O motivo para as reações começaram quinta-feira, quando vários meios de comunicação britânicos publicaram uma carta enviada pela presidente da Argentina, Cristina Fernandez, ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, onde dizia querer dialogar para por fim ao colonialismo, petição que foi rejeitada pelo premier.
Fonte: RT-TV
Comentário: Paralelo às discussões sobre as Ilhas Malvinas, eu venho acompanhando a maneira como a Argentina tem desafiado o sistema econômico internacional. Em alguns momentos a presidente tomou decisões polêmicas, como a estatização de companhias de petróleo.
Além disso, a presidente tomou decisões firmes, típicas de grandes líderes latino-americanos, como romper com o FMI.
Em outra época, muita gente diria que a estratégia é arriscada demais, mas não agora. Atualmente o sistema dos antigos G-7 está em jogo, o capitalismo está ruim das pernas e os latinos americanos tem uma longa história de reacionários e revolucionários famosos, que vão de Simon Bolívar e San Martin à Che Guevara.
Depois de Guevara, Fidel Castro tornou-se maldito e entrou na mira dos homens mais perseguidos do mundo, também tornou-se o símbolo de resistência ao poderio econômico dos EUA. A Venezuela radicalizou essa resistência, apresentando Hugo Chavez ao mundo.
Hugo Chavez não é apenas polêmico e revolucionário, ele é autêntico, além de mostrar que nem todo governo de esquerda é igual. Infelizmente, a esquerda nunca apresentou um resultado à altura de sua ideologia e coragem.
Hugo Chavez toca em assuntos polêmicos que vão do agente secreto de aluguel, o Chacal, a relações políticas com o presidente do Irã.
Não é surpresa que Hugo Chaves inspirasse vários líderes latino-americanos, como Rafael Correa defendendo Julian Assange, ou até a própria Cristina Fernandez que decidiu "libertar" o país do sistema capitalista mundial, conseguindo aliados importantes entre os BRICS.
Eu diria que todos os países em desenvolvimento tem muita mágoa dos países ricos, antigo G-7, apesar da Rússia, Japão, china, e outros novos ricos estarem fora dessa lista. Os países mais odiados são os imperialistas que não abrem mão dessa forma de poder, mas principalmente os imperalistas que nos afetam diretamente.
A expectativa que temos e as várias perguntas que serão respondidas nos próximos anos, decidirão como será o mundo do futuro e qual será a nossa qualidade de vida, infelizmente, não tenho muita esperança, não.
Para termos um mundo melhor, muita coisa tem de mudar, principalmente nossa filosofia de vida, educação e coragem para lutar.
By Jânio
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