O Banco Mundial disse que o Brasil e Argentina estão impedindo o crescimento da América Latina. O Banco reduziu de 3,6% a previsão de crescimento, para 3,5% para este ano, na América Latina.
O Banco Mundial (BM) rebaixou, hoje, em um décimo suas previsões de crescimento na América Latina em 2.012, além de alertar para a desaceleração da economia brasileira e argentina.
Segundo seu último informativo sobre as perspectivas econômicas mundiais, o BM rebaixou de 3,6% para 3,5% a previsão de crescimento para esse ano, destacando os "ventos contrários" procedentes das tensões na Europa que provocaram um declínio dos preços das matérias-primas e fluxo de capital na região.
Uma das razões que mais pesa nessa previsão que explicam esses dados é a perspectiva de crescimento para o Brasil, a principal economia da região, prevista para fechar o ano de 2.012 em 2,9%, meio ponto abaixo das previsões de janeiro, que eram de 3,4%, segundo essa agência.
De acordo com esse contexto, a situação externa é séria e, de acordo com o Banco Mundial, é uma das causas da desaceleração do crescimento no Brasil. No entanto, a agência também aponta para um retorno de crescimento em 2.013, como resultado de forte investimento previsto para a Copa do Mundo de 2.014, além da expansão das políticas monetárias.
Enquanto isso, a agência prevê uma desaceleração significativa na Argentina, durante esse ano. Segundo o relatório, este país sul-americano vai enfrentar essa desaceleração devido a uma menor demanda interna e parceiros comerciais fracos, especialmente o Brasil.
O México, outra das grandes economias latino-americanas, registraram um pequeno aumento da atividade econômica deste ano. Além disso, o BM indica que, apesar da ligeira queda nos preços da energia fornecidos durante o ano, os grandes exportadores de petróleo e gás da região, incluindo o Equador, Bolívia e Venezuela, mantiveram bom ritmo.
Enquanto em países de renda alta, o Banco mundial não muda seus prognósticos de que o crescimento continuará fraco (1,4% em 2.012), neste último relatório o BM prevê um crescimento em países em desenvolvimento em queda, ou seja, continuará crescendo mas num ritmo menor, 5,3%, um décimo menor que a previsão de janeiro.
Para essas nações, o organismo internacional apela para a luta contra as vulnerabilidades e os aconselha a reduzir sua dívida de curto prazo, reduzindo o déficit fiscal e e recuperando uma política monetária mais neutra.
Fonte: RT-TV
Comentário: É a primeira vez que eu vejo o Brasil e Argentina de mãos dadas.
Depois de a Argentina estatizar empresas de petróleo, começa a bater de frente com a comunidade econômica internacional. Já a insistência em afirmar que o Brasil está com problemas econômicos, eu diria que isso se deve ao fato de o Brasil estar blindando sua economia contra a especulação.
Tanto o Brasil quanto a Argentina estão praticando políticas bilaterais com a China. A China tem conquistado países socialistas, como Brasil e Argentina, e países capitalistas de direita, como Austrália e Japão.
Não dá para fechar os olhos para uma super economia que consegue mão-de-obra extremamente barata, elaborando estratégias que combinam desde o socialismo e capitalismo, até práticas tradicionais de expansão de influência econômica, típicas de instituições como FMI e Banco Mundial, fazendo alianças e oferecendo crédito a todos os seus parceiros, fazendo com que eles se tornem fortes e não afetem a sua própria economia e a sua demanda por matérias-primas, por causa da crise mundial.
Comentário: By Jânio
4 comentários:
Discordo disso,
O Brasil mediante o BNDES financia projetos em toda América Latina. Por outro lado Economías como a do Perú e Colombia crescem com um ritmo superior ao Brasileiro. Não podemos responsabilizar o Brasil pela incompetência de alguns líderes...
Mas a América Latina está crescendo e mudando, Costa Rica, Chile, Brasil, Uruguay, Argentina, Colombia e Peru são países que encontraram seu caminho... Porque não colocar a culpa na Europa ou Estados Unidos que mantem essas economias pressionadas pelo juros dos empréstimos do FMI????
Olá Anônimo 2:
Eu publiquei esse texto mais para criar uma discussão mesmo.
Eu concordo que o imperialismo dos donos do mundo está sendo extremamente prejudicial aos países pobres, o problema é que eu tenho verificado que o Brasil tem criado o seu próprio império, assim como o resto do BRICS.
A China é um belo exemplo do que poderá acontecer com o mundo, caso a crise prevaleça e a culpa disso tudo é a desigualdade social. Se não houvesse tanta desigualdade social, essa crise não teria um efeito tão devastador.
O Brasil é um país auto-sustentável, mas sempre foi ameaçado pela fome e pela miséria, graças a políticos como Maluf e Sarney que há décadas ajudam esse sistema injusto que já passa dos quinhentos anos.
A economia brasileira afeta toda a América Latina, nós somos muito mais fortes. Quando há um aumento de juros aqui, criando uma distorção econômica em todo o continente, toda a América paga caro por isso.
Quem mais sofre com isso é o Paraguai e quem conhece a verdadeira história do Brasil, sabe do que eu estou falando.
ABS
Gostei da matéria e dos comentários. Por fim achei um blog com opiniões equilibradas sobre Argentina e Brasil.
Ademais, a visão que é evidenciado aqui sobre a posição política de ambos países respeito à economia mundial, é a exata. Tanto Brasil quanto Argentina sofrem para se manter e permanecendo em pé caminhar progressivamente, com a negatividade das forças de Direita encarnada em potentados vende-pátria dentro e fora das respectivas nações. O povo simples até se enfileira trás a Mídia Capitalista, quando nunca teve pão, trabalho e morada como agora com Dilma e Cristina. Parabéns. Vou segui-los.
Olá TitoBerry:
Eu nem gosto muito da ideia do bipartidarismo e acho que a classe média e os pobres deveriam ser unidos, mas enquanto isso não acontece, e foram quinhentos anos de direita no Brasil, então eu me posiciona à esquerda.
A direita até tenta convencer o povo de que estão errados, mas está cada vez mais difícil o diálogo. O racismo que tem se revelado cada vez mais, não ajuda em nada.
O grande feito a esquerda, foi deixar a polícia federal trabalhar, mesmo acertando o próprio pé. O grande problema do Brasil agora, além das poucas alternativas políticas, é encontrar coragem para as mudanças necessárias e tempo para se informar, depois de trabalhar dez ou doze horas ao dia.
ABS
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