segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Fundador do The Pirate Bay é preso no Camboja




Um dos co-fundadores do multirastreador de arquivos sueco, "The Pirate Bay", Gottfrid Svartholm, foi detido em seu apartamento, na cidade de Nom Pen, Camboja.

As autoridades cambojanas declararam que o co-fundador do site foi preso por "uma infração relacionada a tecnologia de informática", relatou ainda que entre o Camboja e a Suécia não há acordos de extradição, acreditando que, apesar disso, não haverá nada que impeça a extradição de Svartholm para seu país.

Svartholm, 27 anos, deveria regressar ao seu país natal, Suécia, dia 2 de janeiro para comparecer diante do tribunal, em um processo contra o site que ajudou a fundar e pelo qual é acusado por pirataria e divulgação de arquivos BitTorrent livremente.

Em abril de 2.009, acusados de violar leis de direitos autorais, Svartholm e seus três co-fundadores, Fredrik Neij, Peter Sunde e Carl Lundstroem, foram condenados a um ano de prisão por um tribunal de Estocolmo e a pagar uma multa total por danos materiais, no valor de 4,57 milhões de dólares.

Dentro de um ano, outro tribunal examinou a apelação dos criadores do The Pirate Bay e reduziu as penas de prisão para eles, entre 4 e 10 meses, mas aumentou a multa para 6,57 milhões de dólares.

Svartholm não compareceu diante do tribunal, alegando problemas de saúde, por isso em 2.011 foi condenado, em sua ausência, a um ano de prisão.

Fundado no final de 2.003, The Pirate Bay é agora o portal mais perseguido do mundo, já que as empresas do setor de música e cinema consideram que este site facilita as ferramentas de intercâmbio de arquivos, principalmente filmes, músicas e outros produtos protegidos por leis de direitos autorais.

Texto completo em: RT-TV

Comentário: Essa velha história dos direitos autorais é antiga, e fajuta também.  Não são os autores das músicas e filmes quem reclamam seus direitos, são as empresas que faturam alto as suas custas.

Quando os verdadeiros autores se calam, em troca de migalhas, tornam-se cúmplices dessa indústria desonesta que os explora.

Infelizmente, o mercado da internet ainda não oferece uma estrutura que possa servir como alternativa para os donos do mundo do entretenimento. Assim, os artistas batem de frente com seus próprios fãs, na medida em que os processam.

Alguns artistas alegam que não tem como sobreviver, mas isso não é certo, muitas bandas já estão no mercado há décadas e poderiam muito bem sobreviver só de shows, distribuindo suas músicas gratuitamente na rede.

... e a Suécia é mais uma vez o centro da discussão, o que prova que Julian Assange tinha razão num ponto: A Suécia defende os interesses dos EUA, já que os direitos autorais são quase todos de americanos.

É bom lembrarmos que a prisão dessas pessoas não diminuirá a pirataria, a pirataria não depende da internet para sobreviver, apenas facilitava. The Pirate Bay apenas buscava os arquivos, diferentemente do Megaupload que hospedava os arquivos.

Nem todos os países tem as mesmas leis em relação a pirataria, portanto, sempre haverão novos aventureiros dispostos a fazer fortuna, mesmo tendo de ficar até um ano preso.

As consequências dessas ações policiais internacionais é que os clubes de compartilhamento se tornarão cada vez mais secretos, assim como uma verdaderia Darknet deveria ser.

By Jânio

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