O ideal seria que o país tivesse pelo menos seis ou sete candidatos com chances de disputar uma eleição, mas isso é impossível num país como o Brasil. Entretanto, é a primeira vez que uma terceira força surge e surpreende a política do país tupiniquim.
Marina Silva acertou em não assumir nenhuma posição na última eleição, no segundo turno. O segundo turno tem supostamente o objetivo de conseguir a maioria absoluta de votos, ou seja a democracia mas, normalmente, consegue no máximo queimar o filme dos poucos políticos que são a esperança do povo.
O avanço de Marina e a decadência do candidato do PSDB fez com que ela fosse atacada pelos dois lados, justamente os dois lados que lela se recusou apoiar, A presidente acusa Dilma de não conhecer o orçamento anual e de ser contra o pré-sal, enquanto o candidato do PSDB afirma que Marina não tem experiência e nem apoio político.
Talvez Marina não tenha tanto apoio político, mas o PSB tem. No Paraná, onde o PSB não tem candidato, o partido apoia o candidato do PSDB, mostrando ter boas relações com a direita, exceto se a máfia da política bipartidária for contra.
Por outro lado, o PSB é um partido de esquerda, com o neto de Miguel Arraes, o falecido Eduardo Campos, sendo o escolhido, antes de Marina ser escolhida. De fato, o PSB retirou a candidatura de Ciro Gomes em apoio ao governo, anos atrás.
Caso Marina fosse para o segundo turno e caso ela vencesse, haveria uma expectativa muito grande sobre a futura base de aliados. O sistema bipartidário não admite governo sem oposição forte.
De um lado o DEM sempre foi o telhado de vidro do PSDB, por outro lado o PMDB é a cruz do PT, Um quinto partido precisaria de muito apoio, o mesmo apoio que Marina não teve para criar seu próprio partido.
Nesse momento histórico, o povo mostra a sua força, deixando bem claro que está cançado de ficar nas mãos dos políticos e quer decidir, independente de governabilidade ou não. Fernando Collor passou por isso e surgiram os anões do orçamento de PC farias, depois foi a vez do mensalão do PT, tudo pela governabilidade.
É por isso que Marina adota um discurso moderado e, para quem acha que ela é contra o pre-sal, ela conhece de perto esse setor, afinal, ela foi apoiada por Eike Batista na última eleição.
A campanha depende muito da situação de cada candidato na reta final, o que começa agora. Quem está em baixa tende a se tornar mais agressivo, assim como quem está caindo, situação diferente de quem sobe.
Infelizmente, os outros candidatos não tem muita chance, ficando claro que a democracia é uma fachada que oculta o gigantesco sistema corporativo bipartidário do submundo do poder.
Na pesquisa do IBOPE, Dilma lidera com 37%, marina está com 33 e Aécio com quinze. Os eleitores de direita querem um candidato que consiga vencer o PT, mesmo que tenham que abandonar o seu próprio partido. É isso que mostra a queda de Aécio.
Até o dia da eleição, apenas dois candidatos estarão na disputa e Marina terá de representar a direita, ou não. Vamos ver se ela repete a postura do segundo turno da última eleição.
Pode ser que Marina redesenhe o mapa da política brasileira, forçando a maioria dos partidos repensarem suas posturas políticas
By Jânio
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