terça-feira, 27 de novembro de 2012

Corporativismo midiático




Ser honesto não tem sido muito viável em política, eu me lembro de ter ouvido algum político dizendo que tem de ter muita experiência burocrática.

Só uma pessoa muito experiente com a burocracia, e com muita intimidade com o sistema político, poderia executar uma função de limpar sujeira, sem se contaminar.

A maioria compromete sua reputação por inexperiência, como passar a imagem de que é acima de qualquer suspeita. Político com boa reputação, terá mais problemas diante de um eventual escândalo.

Os eleitores preferem ouvir mentiras, por isso as mudanças tornam-se inviáveis através das eleições. Além disso, tem medo de arriscar, criando uma relação de afinidade com políticos corruptos que promovem cestas básicas e outros projetos populistas.

Disseram-me que populismo é um termo usado pela direita, para desqualificar as políticas de esquerda. Apesar de eu preferir estar à esquerda do poder, isso não quer dizer que eu seja de esquerda, muito menos de direita.

A vantagem de ser anarquista, é que podemos aproveitar tanto os argumentos de direita, quanto de esquerda, para identificar as falhas sistemáticas de um determinado governo corrupto.

Quando a esquerda está no poder, podemos ficar à esquerda dessa força, portanto fora do alcance de qualquer manipulação política.

Parece simples, mas não é. É aí que começam as conspirações.

No topo da hierarquia conspiratória  está a televisão, fazendo certo o que é errado.

A televisão segue a filosofia politicamente incorreta, oferecendo gratuitamente informações previamente maquiadas, filtradas, para agradar os seus patrocinadores. Conseguem concentrar uma audiência muito maior que qualquer outra mídia - a internet tem mais audiência que a TV, mas, felizmente, não concentra tráfego, apesar disso, não são raros as campanhas fechadas entre grande blogueiros idealistas.

Se a televisão controla a informação, também pode decidir o que é certo ou errado, quem é honesto ou desonesto, mas essa forma de manipulação já vem sendo observada pelos internautas.

Jornalistas, analistas, críticos, escritores e vários outros profissionais que tem dificuldade de encontrar uma vaga no mercado de trabalho, são contratados para formular argumentos que possam agradar aos patrocinadores e seus interesses.

Aos mais pobres que não fazem parte desse corporativismo, resta o grito de revolta...

... e a internet, que eles querem censurar...