Cientistas americanos conseguiram criar artificialmente o primeiro organismo, uma bactéria, cujos genes contêm "dois blocos de construção" adicionais em dupla hélice do ADN.
Todos os organismos na Terra possuem um ADN com quatro componentes, denominados nucleótidos. adenina-A, timina-t-, citosina-C, e guanina-G-. Os nucleótidos formam os genes ao conectar-se entre si, de dois em dois, em uma sequência específica. Portanto, a informação codificada em cada gene na linguagem dos biólogos é a seguinte: AAGAGCTCCT. Agora, uma equipe de cientistas do Instituto de Pesquisa Scripps, da Califórnia (EUA), criou uma bactéria que é a primeira forma de vida cujos genes contêm dois componentes adicionais artificiais, 'X' e 'Y', relata o site Dally Tech.
A bactéria se reproduz com sucesso e passa uma par de novos nucleotídeos a sua descendência. Os pesquisadores estão tentando descobrir quanto tempo as bactérias podem viver e se é possível aumentar o número de pares de nucleotídeos artificiais.
Até agora, os pesquisadores foram incapazes de provar se o novo tipo de DNA permitiria as bactérias criar uma proteína, por isso é muito cedo para falar sobre o desenvolvimento de novos medicamentos com base nesta bactéria.
Além disso, Thomas Romesberg, coordenador da pesquisa, supõe que a bactéria não possa sobreviver no ambiente natural porque consome apenas moléculas sintéticas produzidas por cientistas. Portanto, não pode infectar outros organismos.
"Criamos um organismo com três pares de nucleotídeos que podem viver e guardar a informação em seu DNA. Estamos interessados em explorar as possibilidades de criação de uma proteína com aminoácidos artificiais. Agora temos uma nova letra do alfabeto genético", disse Romesberg.
Fonte: RT-TV
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