Ciências, filosofia, religião, alquimia, medicina tradicional e outras áreas, todas conviveram harmoniosamente durante muito tempo, mas chegou uma época em que houve a necessidade de separação desses conhecimentos.
Jesus Cristo disse que o que era de césar, Deus não queria. Maquiavel lembrou disso, séculos mais tarde.
A não obediência desses princípios, levou o império romano a destruir Israel, e o próprio império romano seria vítima dessa inobservância.
Copérnico revolucionou a astronomia, mas era inteligente demais para cair em armadilhas criadas pela ignorância de sua época. Galileu Galilei era vaidoso demais, esse pecado lhe custou muito caro.
O arco-íris sempre foi objeto de poesias e canções, ainda é, mas houve um tempo em que os poetas não precisavam pensar tanto para compor. O culpado por esse transtorno foi Isaac Newton e suas teorias a respeito das cores.
Eu estava pensando no que teria despertado a curiosidade de Isaac Newton e nem precisei pensar muito.
Durante a noite, todas as cores desaparecem com a falta de luz. Isso é curioso, porque podemos ver muita coisa à noite, depois de nos adaptarmos à escuridão. Quanto mistério poderá haver no universo, oculto pela escuridão?
Isaac Newton foi o responsável por desvendar o mistério do arco-íris, acabando com a magia de seus misteriosos tesouros.
Segundo Newton, o fenômeno ótico do arco-íris é provocado pela refração da luz do sol em cristais de água, suspensos no ar, principalmente depois de uma chuva.
Não, isso não acabou com a poesia, e eu fico pensando no primeiro tesouro que poderia ter sido encontrado sob um arco-íris, criando a lenda, contudo, nunca mais ninguém deve ter escondido nenhum tesouro próximo a riachos e mananciais.
Segundo a Bíblia, o arco-íris também representa o arco da aliança e não há nada mais poético e puro que isso, e há outras histórias relacionadas a esse fenômeno ótico.
Aos poucos a ciência foi apresentando outros conflitos, possibilitando que o homem aprendesse a sentir, buscar informação e educar as novas gerações para os novos tempos.
Infelizmente, mudanças constantes nos sistemas políticos, sociais e econômicos, impossibilitaram que houvesse estabilidade suficiente para o desenvolvimento de uma sociedade perfeita. Assim, novos conflitos surgiram, numa velocidade cada vez maior, pior, sem solução.
A biotecnologia rompeu fronteiras e trouxe à tona questões sobre privacidade, onde máquinas interagem com o cérebro e essa mesma tecnologia começa a fazer parte de nosso cotidiano, quando geram energia a partir de nossos passos, danças, lixos, esgoto, água da chuva, etc.
Uma das questões mais polêmicas da ciência, foi o bebê de proveta. A manipulação genética viria perturbar a consciência insustentável do ser humano, com as pesquisas com células tronco.
O aborto tornou-se marginal, caso de polícia, livrando a religião e a sociedade em geral de mais uma polêmica.
Talvez a sociedade, ou a elite dela, queira passar uma ideia de que tudo pode seguir um padrão e que tudo pode ser regulado. Com o tempo, essa ideia vai ficando cada vez menos consistente, e as pessoas passam a ter o controle de suas próprias vidas, inclusive tomando suas próprias decisões.
Isso não é bom, porque poucos países no mundo tem cidadãos capazes de viver de acordo com os novos tempos. A maioria não tem uma boa educação e a desigualdade social não permite que essa educação seja possível.
As pessoas que sempre tiveram muitas obrigações e poucos direitos, começam a ter conhecimento de seus direitos e não tem educação suficiente para cumprirem seus deveres e obrigações.
A biotecnologia e outras bugigangas tecnológicas se tornarão cada vez mais acessíveis, com consumidores despreparados, sem educação e sem ética para lidar com elas. Armas de fogo podem dar lugar a outras tecnologias e drogas muito mais perigosas, criando um grande problema para a sociedade.
Enquanto isso, os políticos estarão preocupados com a crise econômica mundial, que na verdade é uma crise de estado generalizada. Acho que os meus leitores é que estão certos, os políticos devem deixar de ser responsáveis pela nossa sociedade, Zilda Arns deixou bem claro isso.
A questão nunca foi o dinheiro, e nem será política. Nós devemos resolver a questão da educação, custe o que custar, e eu não estou falando de dinheiro.
By Jânio