segunda-feira, 18 de abril de 2011
Fundamentalismo - A volta às origens
Depois do ataque de Wellington Menezes à escola do Realengo, falou-se muito em fundamentalismo, mas o que é o fundamentalismo?
O fundamentalismo prega a obediência indiscutível a princípios funtamentais, em oposição em oposição à teologia do modernismo.
Fala-se em funtamentalismo, referindo-se a fanáticos religiosos, teroristas, mas o termo é muito mais abrangente, um exemplo disso é o fundamentalismo de livre mercado.
O fundamentalismo religioso é sempre o mais divulgado, um desses casos é o movimento dos protestantes dos Estados Unidos. O movimento teve sua origem no século XIX, mas foi no começo da década de vinte que o movimento ganhou força.
O fundamentalismo islâmico é o mais conhecido fundamentalismo religioso, com os conflitos entre Xiitas e os Sunni, surge a mistura entre revolução social e funtamentalismo islâmico - século VII.
Há muito preconceito quanto ao fundamentalismo islâmico, nesse caso o funtamentalismo estaria ligado a um grupo que segue a religião, conservadores, distintos de terrorista e revolucionários extremistas, ou terroristas que sequestram e provocam atentados.
O fundamentalismo objetiva principalmente a volta aos antigos valores, às raizes, tornando-se quase uma revolução de maneira inversa.
Movimentos étnicos extremistas são distintos do fundamentalismo islâmico, que seguem os princípios de seu fundador.
Durante toda a história, sempre houve o fundamentalismo em todas as religiões, conservadores que seguem os princípios de suas religiões de forma literal. É natural a confusão provocada pelo caos social, como em áreas de conflito, onde extremistas desenvolveram uma forma quase perfeita de misturar revolução social com o fundamentalismo.
O caso de Wellington poderia ser classificado assim: Alguém sem nenhuma estrutura familiar, social, em um país sem justiça, fazendo uso de um ato extremo para se fazer notar. Com um problemas psicológicos não tratados, somados a uma suposta busca de justiça controlada pela sua loucura.
Esse caso prova uma teoria óbvia que eu tenho apresentado: O fato de uma pessoa ser louca, não significa que essa pessoa não seja inteligente.
Os tribunais de justiça, principalmente o americano, partem da idéia de que um planejamento bem elaborado, relativamente complexo, elimine a idéia de que a pessoa seja louca, mas uma pessoa assassina fria e calculista.
No caso do atirador em Realengo, o funtamentalismo foi apenas mais um agravante em seus problemas, uma confusão entre o espiritual e a doença mental.
No caso do fundamentalismo de livre mercado, acreditava-se cegamente que a globalização seria a solução para todos os problemas do mundo. Sempre houve crítica, mas esse funtamentalismo, assim como o religioso, sempre foi voltado a si mesmo, fechado.
Bastaria abrir os olhos, ouvidos e o coração para o que os críticos diziam: Não olhem para os capitalistas ricos, olhem para a pobreza do terceiro mundo, olhem para a pobreza da África.
Ninguém ouviu, a verdade sempre estará com as grandes redes de comunicação, são elas que decidem, desde que se pague o preço e haja um acordo razoável.
Cada pessoa, ou grupo de pessoas, deve procurar seu próprio caminho, deve ser orientado para isso e, caso seja necessário, deve fazer uso de remédios necessários a sua sanidade. Os olhos foram feitos para ver, ouvidos para ouvir e o coração para sentir, por isso eles não devem ser ignorados.
Enquanto duvidarmos de nossa própria sanidade, estaremos protegidos de nossa própria loucura.
Discurso do ex-Presidente Lula, na abertura da reunião do G20 em São Paulo:
"Ela, a crise, é conseqüência da crença cega na capacidade de autorregulação dos mercados e, em grande medida, na falta de controle sobre as atividades de agentes financeiros.
Por muitos anos especuladores tiveram lucros excessivos, investindo o dinheiro que não tinham em negócios mirabolantes.
Todos estamos pagando por essa aventura. Esse sistema ruiu como um castelo de cartas e com ele veio abaixo a fé dogmática no princípio da não intervenção do Estado na economia. Muitos dos que antes abominavam um maior papel do Estado na economia passaram a pedir desesperadamente sua ajuda."
George Soros: "Se não houvesse intervenção estatal não haveria sistema capitalista a defender"
Fonte: Wikipedia+fundamentalismo
Texto: By Jânio
Marcadores:
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