As Olimpíadas chegaram a seu ponto máximo, para as competições por equipes, e as derrotas tornaram-se um destino cruel para o Brasil. Criamos até o termo mata-mata, que poderia também ser visto como morre-morre, principalmente quando se perde.
Hoje, terça-feira, foi um dia terrível para o morre-morre e Começou com a seleção de handebol feminino.
Eu nem sabia que essa seleção era tão forte e que onze das doze jogadoras, jogavam na Europa. Depois de se classificarem em primeiro, tornaram-se favoritas e eu acho que foi por isso que perderam.
É, porque agora temos mais essa sina: Se não somos favoritos, perdemos; se somos, perdemos também - Eu só não sei se isso poderia ser classificado como filosofia de derrotado ou síndrome de masoquista.
Por causa dessa cultura de derrotados e masoquistas, os atletas brasileiros sempre tremem diante de um desafio. Pela cara deles, parece até que o mundo vai acabar se eles perderem, mas talvez seja só a minha impressão.
A seleção de handebol feminina terminou o primeiro tempo na frente, 13 a 9, mostrando porque classificou-se em primeiro. No segundo tempo, a Noruega fechou a defesa e cada jogadora brasileira que tentava passar, levava um "pescoção", foi suficiente para acabar com o nosso ataque.
As jogadoras disseram que cometeram muitos erros que não poderiam ter cometido, mas eu ainda não descobri como seria possível passar por aquela defesa, nem hoje e nem daqui a mil anos.
Depois dessa derrota e considerando-se o retrospecto da seleção feminina de voleibol, eu pensei que hoje eu teria de criar um post com o título de "a fase do morre-morre" - está na cara que o voleibol vai perder - pensei eu.
... mas o voleibol feminino não era favorito, e adivinha o que aconteceu, elas ganharam da Rússia e pegam o Japão no próximo jogo.
Tudo bem, o Japão não era favorito mesmo - eu acho até que foi por isso que eles eliminaram a outrora fortíssima seleção da China. Nem as gigantescas jogadoras chinesas acreditam que perderam, mas eu acho que elas não tem essa filosofia.
Para não morrer do coração, eu achei que talvez fosse melhor assistir o voleibol de praia que, felizmente, acontecia simultaneamente. Assim, se o voleibol de praia ganhasse, ficaria mais fácil assimilar uma possível derrota do voleibol em quadra - deu certo.
A dupla formada por Emanuel e Alison, ganharam. A partida mais difícil eles já haviam vencido anteriormente - considerando a reputação de Emanuel e que ele tem até estátua em sua homenagem, não está mal... mas favorito? nunca!
Para variar, a última dupla feminina de voleibol de praia brasileira, Juliana e Larissa, perdeu, criando uma grande zebra, elas eram favoritíssimas. Parecia até que o mundo tinha acabado, mas que nada, é só verificar o retrospecto do Brasil em olimpíadas.
E voltamos a depender do futebol masculino para atingir nossa meta de medalhas de ouro, felizmente, para a nossa sorte, o futebol já deixou de ser favorito há muito tempo.
O futebol masculino venceu de goleada a Coreia do Sul e vai a final, três a zero.
Tanto o voleibol de praia masculino, quanto o futebol masculino, já tem duas pratas garantidas.
Ah! Eu ia me esquecendo do boxe, eles também não eram favoritos há mais de quarenta anos. Dois bronzes já estão garantidos mas eles lutarão pelo ouro.
Que beleza!
By Jânio
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