"A Rússia vai instalar estações de seus sistemas de posicionamento global, GLONASS, no território dos Estados-Membros do bloco BRICS. Isto irá aumentar a capacidade competitividade do sistema", disse o diplomata russo Vadim Lukov.
"Realizar este projeto, juntamente com os países do BRICS, fortalecerá em caráter global nosso sistema e melhorará a sua competitividade no varejo. O mercado BRICS representa 3 bilhões de consumidores. Muitos deles são usuários de serviços de sistemas de navegação", disse Lukov.
Ele disse que a Roscosmos, a agência espacial russa, já apresentou ao governo russo um plano para desenvolver a infra-estrutura necessária para o sistema de navegação global por satélite de alta precisão em grandes territórios dos países que compõem o bloco: Brasil, Índia, China e África do Sul. Segundo lukov, isto irá aumentar grandemente a precisão do sistema. "A tecnologia de navegação por satélite baseia-se na utilização de um grande número de estações com a frequência mais alta possível na superfície do globo terrestre. Deste modo garantirá uma elevada precisão na localização de objetos. O BRICS nos dá uma oportunidade única para fazê-lo."
O sistema russo de posicionamento e navegação GLONASS vem sendo desenvolvido desde 2001 e está a cargo da agência espacial Roscosmos. Ele integra uma constelação de satélites que cobrem toda a superfície da Terra e é usado tanto para fins militares como civis. Permite determinar o posicionamento de objetos com uma precisão de até um metro. Seu sinal é acessível e gratuito para todos. Ele pode ser usado para observar os desastres naturais e as operações de resgate, controlar a segurança em estradas e pontes e na construção de ponte. A principal diferença com o sistema GPS dos EUA é que não tem, durante seu movimento orbital, ressonância com a rotação da Terra, que lhe proporciona uma estabilidade muito maior.
Cabe recordar que em meados de maio Moscou informou que suspendeu as operação das estações do sistema GPS - sistema de navegação desenvolvido e operado pelo Pentágono - em território russo a partir de 01 de junho, se não houver acordo sobre a localização das estações Glonass nos EUA. Ele disse que se até setembro não houver nenhum acordo, as estações serão destruídas. Por outro lado, ele disse que está planejando criar uma rede de estações terrestres Glonass que incluinrá 36 países. As negociações sobre acordos com o México, Nicarágua, Vietnã e Cuba já estão em fase avançada.
Fonte: RT-TV
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