O governo chino advertiu agências de viagens que restringem temporariamente visitas ao Tibet, região autônoma da china, conhecida entre os peregrinos budistas. A decisão vem depois de imolação recente, além de outras que preocupam o governo chinês.
No entanto, as autoridades chinesas anunciaram que os grupos de mais de cinco pessoas, acompanhadas de guia, não precisam se preocupar. A medida responde a imolação por parte dos ativistas desta região. Como parte da campanha "Tibet livre" para a independência do Tibet pela China, a partir de março de 2.011 foram assassinados mais de 30 ativistas. O último incidente ocorreu em 27 de maio, quando dois tibetanos atearam fogo ao próprio corpo, na capital do Tibet, Lhasa.
Além disso, a iniciativa das autoridades chinesas coincide com Saga Dawa festival, que marca o nascimento de Buda, segundo o calendário tibetano e atrai muitos budistas na região. Este ano, o festival começa em 4 de junho, que é também o aniversário da repressão do governo chinês aos protestos na Praça Tiananmen em 1.989.
Embora muitas agências de viagens tenham se adaptado e, em algumas vezes, até a antecipar as ações das autoridades chinesas, essa decisão leva a grandes perdas. Além disso, a mesma região tem perdas significativas. Cada ano, cerca de 250.000 turistas estrangeiros e mais de 7 milhões de cidadãos da região local visitam o Tibet.
O governo da China classifica as imolações como atos terroristas e acusa Dalai Lama e as organizações tibetanas no exílio, de promovê-las e até incentivar essas ações.
A China assegura que o Tibet é uma parte inseparável de seu território há séculos, enquanto os tibetanos argumentam que a região foi virtualmente independente por muito tempo, até ser ocupada por tropas comunistas em 1951.
Fonte: RT-TV
Comentário: Eu costumo dizer que a ditadura chinesa só consegue se impor pela tradição e disciplina dos chineses, caso contrário, não daria certo. Curiosamente, nem a Rússia que concentrava o poder comunista conseguiu resistir a crise, como aconteceu com a China.
A exceção é o Tibet, onde as pessoas apresentam uma tradição religiosa forte, capaz de impor um Estado intependente, mesmo com o exílio de Dalai Lama.
Ao alertar os turistas sobre os supostos terroristas, o governo chinês esquece de avisar que essas pessoas são de uma religião e que ateiam fogo sobre si mesmos em nome de uma liberdade que a China nega aos tibetanos.
Pode parecer pouco para o governo chinês, seis milhões de pessoas falando uma língua diferente do mandarim, mas para qualquer país do mundo isso é suficiente para estabelecer uma nova sociedade.
Se é verdade que todos devem falar a mesma língua, e o governo chinês sabe disso, afinal, estabeleceu uma língua oficial no país, então o Tibet não é apenas um país virtual, o Tibet existe de fato.
O massacre de manifestantes tibetanos e de um homem enfrentando um tanque, continuam claro na mente das pessoas, resta saber até onde irá essa disciplina militar do governo chinês, porque até onde vai a religião tibetana o mundo inteiro já sabe.
By Jânio
2 comentários:
Muita coisa aí foi ignorado, como por exemplo o sistema de castas que praticamente escravisavam o povo tibetanos em nome da religião. Aconselho o criador do post a estudar mais a história do Tibet antes de tecer comentários que são muito parecidas com o dos ocidentais que desconhecem ou querem esconder a real verdade sobre o Tibet de antes da China.
Olá Anônimo:
Obrigado pela sugestão e informação, mas será que o imperialismo é a melhor solução? Será que o povo tibetano não tem capacidade de buscar o seu próprio caminho?
Pelo que eu saiba, os ocidentais gostam muito da ideia de invadir países e escravizar povos.
Aliás, o Brasil é o único país imperialista da América do Sul, e já faz parte de nossa tradição.
ABS
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