domingo, 6 de janeiro de 2013

Aumenta a tensão nas iIhas Malvinas




Uma carta aberta, publicada pelo tabloide "The Sun" em um jornal de Buenos Aires, exige que a presidente Cristina Fernandez abra mão do território disputado.

O tabloide critica as tentativas desta nação Sul americana em recuperar a soberania do arquipélago controlado pelo Reino Unido, onde até o povo das Ilhas Malvinas que optam por tornar-se argentinos, continuam sendo absolutamente britânicos. Após a publicação, vários ativistas argentinos queimaram jornais e uma bandeira britânica.

A analista internacional Stella Calloni considera que Londres esteja violando resoluções da ONU, por não querer negociar com a Argentina, e porque tentou instalar nas Ilhas Malvinas, companhias de petróleo, proibido pela Organização das Nações Unidas. Além disso, a analista recrimina a existência de uma base militar britânica que figura até nos mapas da OTAN.

A especialista britânica qualifica as atitudes do Reino Unido de injustas, mas acredita que é preciso continuar lutando em todas as frentes diplomáticas. "É uma situação muito difícil, mas está ficando cada vez mais evidente a falta de razão da Gran Bretanha, que só tem a lógica da força ", sentencia Calloni.

As relações entre Londres e Buenos Aires tem se tornado tensas nos últimos meses, coincidindo com o 30 aniversário da guerra das Malvinas. O motivo para as reações começaram quinta-feira,  quando vários meios de comunicação britânicos publicaram uma carta enviada pela presidente da Argentina, Cristina Fernandez, ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, onde dizia querer dialogar para por fim ao colonialismo, petição que foi rejeitada pelo premier.

Fonte: RT-TV

Comentário: Paralelo às discussões sobre as Ilhas Malvinas, eu venho acompanhando a maneira como a Argentina tem desafiado o sistema econômico internacional. Em alguns momentos a presidente tomou decisões polêmicas, como a estatização de companhias de petróleo.

Além disso, a presidente tomou decisões firmes, típicas de grandes líderes latino-americanos, como romper com o FMI.

Em outra época, muita gente diria que a estratégia é arriscada demais, mas não agora. Atualmente o sistema dos antigos G-7 está em jogo, o capitalismo está ruim das pernas e os latinos americanos tem uma longa história de reacionários e revolucionários famosos, que vão de Simon Bolívar e San Martin à Che Guevara.

Depois de Guevara, Fidel Castro tornou-se maldito e entrou na mira dos homens mais perseguidos do mundo, também tornou-se o símbolo de resistência ao poderio econômico dos EUA. A Venezuela radicalizou essa resistência, apresentando Hugo Chavez ao mundo.

Hugo Chavez não é apenas polêmico e revolucionário, ele é autêntico, além de mostrar que nem todo governo de esquerda é igual. Infelizmente, a esquerda nunca apresentou um resultado à altura de sua ideologia e coragem.

Hugo Chavez toca em assuntos polêmicos que vão do agente secreto de aluguel, o Chacal, a relações políticas com o presidente do Irã.

Não é surpresa que Hugo Chaves inspirasse vários líderes latino-americanos, como Rafael Correa defendendo Julian Assange, ou até a própria Cristina Fernandez que decidiu "libertar" o país do sistema capitalista mundial, conseguindo aliados importantes entre os BRICS.

Eu diria que todos os países em desenvolvimento tem muita mágoa dos países ricos, antigo G-7, apesar da Rússia, Japão, china, e outros novos ricos estarem fora dessa lista. Os países mais odiados são os imperialistas que não abrem mão dessa forma de poder, mas principalmente os imperalistas que nos afetam diretamente.

A expectativa que temos e as várias perguntas que serão respondidas nos próximos anos, decidirão como será o mundo do futuro e qual será a nossa qualidade de vida, infelizmente, não tenho muita esperança, não.

Para termos um mundo melhor, muita coisa tem de mudar, principalmente nossa filosofia de vida, educação e coragem para lutar.

By Jânio

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8 comentários:

Anônimo disse...

Mas os moradores da ilha se declaram ingleses. e afinal de contar nã acatar uma resolução da onu não dá em nada, veja o que israel faz com os palestinos
Henrique

Jânio disse...

Olá Henrique:

Para ser bem sincero, eu concordo com você, a ONU é uma grande organização inútil. No caso das Malvinas, eu não acredito que os ingleses estejam interessados só na ilha, não, assim como eu acho que os EUA não estão só interessados em Cuba, no meio disso tudo está o Brasil, com uma boa diplomacia, mas inspirando grandes impérios com nossa falta de educação, escrúpulos e noção de justiça.

Isso pode sobrar para nós, que não temos nada com isso, mas temos muita coisa para acertar.

Invadir o Brasil é tão fácil, com esses políticos idiotas. Se não fossem os militares, nem haveria mais Brasil, é isso o que eu acho.

ABS

outro henrique disse...

Não há razões plausíveis que liguem o problema da Argentina com relação às Malvinas, direta ou indiretamente com o Brasil. Que sendo bem esperto, teria que ajudar a Inglaterra a proteger as Ilhas Falkland, como eles a chamam, isso porque eles detém a soberania, e qualquer ação de guerra seria uma invasão por parte da Argentina, o povo lá quer continuar com a soberania Inglesa e não Argentina como o Sr. Janio disse, e o próprio governo Inglês já informou que referendo haverá pelo local por esses dias, como ocorre periodicamente, justamente para dar um tapa de luva hem gostoso na cara do governo Argentino em dizer que os próprios moradores querem ser ingleses.

fernando garrido disse...

a Argentina tá doidinha para tomar mais um cacete da Inglaterra, toda vez que eles tem um problema interno tentam brigar com alguém para que esqueçam de si próprios, é velha esta fórmula.

Anônimo disse...

Sou Brasileiro até o fim. Mas Malvinas são e sempre será dos argentinos. Faça-se de conta que estes ingleses imbecis, são apenas aqueles inquilinos temporários. Não importa quantos anos possa levar, mas o importante é que o povo argentino não esmoreça e continue exigindo de seus futuros governantes para que se chegue à um acordo sobre as ilhas. Sempre apoiarei, e se preciso for pegaremos em armas para expulsar esses ingleses e americanos e manda-los pros quintos dos inferno!!!!

Jânio disse...

Olá Henrique:

Em caso de crise do petróleo, a Inglaterra não dará a mínima para o futuro do planeta. Já no caso do Brasil defender a Inglaterra, seria muito bizarro, levando-se em conta que as Ilhas Malvinas ficam aqui no sul e a Inglaterra no Norte.

A china conseguiu impor a soberania em Hong Kong, para o desesperos dos cidadão que queriam continuar sendo ingleses.

Em caso de guerra, o fogo vai esquentar na b***** do Brasil, já que as Ilhas estão muito próximas e a Argentina é uma parceira maior que a Inglaterra.

ABS

Jânio disse...

Olá Fernando:

Esse negócio de resolver tudo na força, é coisa do passado. Olha só a situação dos americanos, depois de séculos usando as armas para resolver seus conflitos.

A Argentina deveria, sim, fazer uma boa política internacional, aproveitando sua independência e a má fase dos países ricos que, inevitavelmente apoiariam a Inglaterra.

Uma nova força está se formando e a Rússia e a China são muito próximas da Argentina, apesar de terem relações comerciais com os EUA.

Vamos com calma, afinal, o castelo imperialista está caindo e ninguém será louco de ficar embaixo desse gigante rsrsrs

ABS

Jânio disse...

Olá Anônimo:

Eu também acho que a hora é de muita diplomacia e calma, os ingleses não estão gostando da diplomacia argentina, pois sabem que a crise inspira cuidado.

O mundo virou um barril de pólvora e todos querem ver o império cair, mas não há necessidade de forçar a barra, pois é isso o que os donos do mundo querem.

ABS