terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Operação Payback




Operação Payback é uma série de ataques coordenados e descentralizados, direcionados contra os inimigos da pirataria e ativistas virtuais.  Essa operação  conta com a participação de hackers de nível avançado, denominado "Anonymous", hackers frequentemente relacionados ao site 4chan.

A Operação Payback começou com uma atividade considerada simples pelos ativistas, ataque em massa de sites alvos, utilizando computadores zubis infectados por programas hackers. Falando em termos técnicos: começou como retaliação a negação de serviço (DDoS) aos inimigos da pirataria.

Uma das primeiras manifestações virtuais do grupo ocorreu quando informaçães americanas importantes vazaram, revelando as intenções dos bancos de barrar transações bancárias do Wikileaks.

Ativistas hackers criaram a Operação Payback em setembro de 2.010, como retaliação contra o plano de empresas em utilizar o software Airplex. O plano era atacar o Software Aiplex diretamente, mas o site havia sido desativado por conta própria.

O grupo redirecionou o alvo para as organizações pró-direitos autorais, Motion Picture Association of America (MPAA) e Federação Internacional  da Indústria Fonográfica, provocando uma inatividade total de 30 horas nos dois sites. Outros sites atacados foram: ACS Law, Davenport Lyons e Dunlap, Grubb & Weaver (direitos autorais dos EUA).

O proprietário da ACS Law disse que não pretendia perder tempo com esse problema, procurando manter as aparências depois do ataque, entretanto, os Anonymous tinham uma surpresa para ele.

Quando o site voltou a ficar online, 350 MB de informações sigilosas estavam visíveis para os internautas, por um curto período de tempo. O backup incluia cópias de e-mails enviados pela empresa, que foi baixado e compartilhado em peer-to-peer (P2P), redes e websites como  "The Pirate Bay". Alguns e-mails continham os nomes e endereços de pessoas que a ACS Law acusou  ilegalmente  de compartilhamento de mídia. Um deles continha mais de 5.300 clientes da Skybroadband (banda larga), clientes acusados injustamente de compartilhar pornografia, enquanto outro continha listas de 8.000 clientes da Sky e 400 da Plusnet, acusado de infringir direitos autorais em redes P2P.

Em setembro de 2.010, o ataque DDoS na Australian Federation Against Copyright Theft (AFACT) derrubou outros 8.000 sites menores.

Em setembro de 2.010, a Associação do Comércio Audiovisual de Portugal (ACAPOR) apresentou uma queixa contra o The Pirate Bay. Em outubro de 2.010 o site da ACAPOR foi atacado com uma mensagem da Operação Payback e um redirecionamento para o "The Pirate Bay". Os Anonymous também consequiram  copiar os emails da ACAPOR, revelando suas insatisfação com a justiça portuguesa.

Outros ataques:

Em 4 de outubro de 2.010, a Operação Payback lançou um ataque contra o Ministry of Sound.

Em 7 de outubro de 2.010, atacaram o site da sociedade de direitos autorais da Espanha.

Em 18 de outubro atacaram o Escritório de propriedade Intelectual do Reino Unido.

As produtoras SatelFilm.at e Wega-Film.at foram atingidos por "drive-by" durante DDoSes em 21 de outubro de 2010, em resposta a seus esforços para obter um mandado judicial contra um ISP que se recusou a bloquear um site de streaming de filmes,  e Operação Payback site, então eles derrubaram o site pornô da Hustler.com deixando-o off-line no dia seguinte.

A condenação da da LimeWire levou ao ataque a RIAA.

Gene Simmons fez uma declaração contra a pirataria e foi alvo de ataque.

Outras empresas atacadas foram: Amazon, Paypal, BankAmerica, PostFiance, MasterCard e visa, por terem rejeitado o Wikileaks como cliente.

Por tudo isso, a Operação Payback tornou-se um dos temas mais censurados da internet.

Fonte: Wikipedia

Classificação dos hackers


7 comentários:

tedioso.com disse...

Excelente artigo Janio. Essa guerra virtual ainda vai longe.

Jânio disse...

Olá Jacques:

Eu também estou apostando nisso, apesar de os blogueiros estarem sendo pressionado pelos mecanismos de internet. Pela queda de audiência, eu sindo que há um processo para limitar a importância que os blogs já tiveram.

Entretanto, algumas das maiores empresas do mundo estão ligadas diretamente ao processo tecnológico da internet, desde a Google até as bolsas de valores e, mesmo que os blogs percam a sua importância, os internautas poderiam continuar sua luta em outro ambiente, portanto, a conspiração contra a democracia virtual é inútil.

ABS

tedioso.com disse...

Acho interessante essa sua análise sobre a limitação de importância dos blogs.

Entretanto gostaria de convida-lo a uma reflexão sobre a importância que os blogs tem na receita do Google. A principal fonte de receita do Google, acredito ser a publicidade que é gerada nos blogs, youtube, pesquisa e app.

Portanto será que eles iriam sacrificar esta fonte de renda? Acredito que não. Acho que essa queda de audiência pode estar relacionado ao crescimento das redes sociais. Hoje grande parte dos Internautas ficam na time-line do facebook.

Acho que pode ser por ai. Mas de qualquer forma é só minha opinião.

Jânio disse...

Olá Jacques:

Eu também acho que as redes sociais tiveram um papel importante nessa história, entretanto, a queda de audiência foi abrupta, ou seja, mudaram as regras totalmente. Como os grandes portais também trabalham com adsense, seria apenas um redirecionamento de tráfego, como trocar 6 por meia dúzia.

Os blogueiros foram muito importantes para o crescimento da Google, escrevendo artigos e especulando na bolsa, mas agora perderam essa importância.

Eu notei que o tráfego do Alexa continua inalterado.

ABS

Jânio disse...

Correção: ranking do Alexa.

ABS

tedioso.com disse...

Mas essa observação sua é baseada em que fontes? Ou é uma teoria própria? Pois não vi ainda ninguém tecer um comentário desses até hoje.

Só mais um adendo. Os grandes portais em sua maioria tem seu próprio sistema de publicidade, pois não querem dividir os lucros (30% para o Google aprox).

O que alguns sites que não tem tecnologia própria fazem e adotar o doubleclick com engine de controle de publicidade própria não do Google.

O Google aluga o doubleclick como sistema de controle de ad para terceiros.

Abs

Jânio disse...

Olá Jacques:

Parte de minhas ideias é baseada em fontes, parte é intuitiva baseada em acontecimentos atuais.

Quando a Google fez uma doação milionária para a Mozilla, por exemplo, eu disse que daria trinta dias para que a Google estivesse com seu próprio navegador, e foi o que aconteceu.

A maioria da blogosfera acreditou no que eu disse, alguns publicaram a ideia e anteciparam o lançamento do Google Chrome.

Quando começou a guerra pelos direitos autorais, eu disse para alguns blogueiros que o Youtube sobreviveria a isso e passaria a ser pago. Estamos muito próximos disso.

Os blogs são uma pedra no sapato da filosofia anti-democrática da elite e da máfia dos direitos autorais alheios - os autores recebem apenas uma migalha.

Baseado no que você disse, imagino que a maioria dos portais, excluindo uma pequena elite, não tenha software próprio para controle de publicidade, isso nos leva de volta ao Google. Basta um script e a elite vira pó, já que no universo do buscador Google, a Google é quem manda.

Vamos aguardar o desfecho disso, porque a briga é boa e eu vou assistir na primeira fila, na poltrona em frente ao meu computador.

ABS