terça-feira, 29 de novembro de 2011

Corpo e mente insanos



Na medida em que o tempo passa, nosso corpo envelhece, mas só começamos a sentir isso geralmente a partir dos 65 anos.

Eu tenho minhas dúvidas se é mais saudável para uma pessoa estar lúcida, num mundo insano, ou viver sua própria loucura adaptando-se a ela. Da mesma forma, penso que a demência poderia poupar nosso sofrimento, no final de nossa vida, mas isso é apenas uma idéia.

Seguindo esse raciocínio, a demência seria um processo natural de uma pessoa que não consegue se adaptar naturalmente às novas condições impostas pela sua idade. Eu conheci muitas pessoas que tiveram muita saúde até o fim de suas vidas, mesmo no fim, aceitaram tudo naturalmente.

O diretor de cinema David Cronemberg costumava dizer que, em pessoas saudáveis, não há nada mais bizarro que o envelhecimento. "Nosso corpo envelhece enquando nossa mente assiste a tudo, não envelhecemos a mente", esse era apenas um ponto de vista de um diretor polêmico.

Outro dia eu vi um médio dizendo: "O ser humano nasceu para viver em pé, andando, ou deitado, por isso, mesmo depois de aposentado, a pessoa deve se preocupar com sua saúde.

Algumas pessoas fogem a regra e acabam sendo belos maus exemplos para a sociedade, fumando, bebendo, levando uma vida sedentária, descompromissada. Além disso, não lêem livros, não estudam, não vão ao médico e não participam de projetos para veteranos.

Wikipedia: "Caracteriza-se a Demência quando, em um indivíduo que teve o desenvolvimento intelectual saudável, ocorre a perda ou diminuição da capacidade cognitiva, de forma parcial ou completa, permanente ou momentânea e esporádica. Dentre as causas potencialmente reversíveis estão disfunções metabólicas, endócrinas e hidroeletrolíticas, quadros infecciosos, déficits nutricionais e distúrbios psiquiátricos, como a depressão (pseudodemência depressiva).

A prevalência média de demência, acima dos 65 anos de idade, é de 2,2% na África, 5,5% na Ásia, 6,4% na América do Norte, 7,1% na América do Sul e 9,4% na Europa."

Podemos notar nas estatísticas  acima, que os casos de demência aumentam nos países da Europa, pode parecer estranho, mas na Europa o IDH é melhor, a estimativa de vida é maior, portanto há mais pessoas com idades acima de 65 anos. O ideal seria fazer um pesquisa diferenciada, avaliando pessoas com mais de 65 anos, sem a denúncia da qualidade de vida, mas é justamente a vida saudável que previne os quadros de demência.

Assim como os exercícios físicos são importantes para o corpo, para o coração, os exercícios mentais são importantes para a mente. Nas zonas rurais, a porcentagem de demência chega atingir um número absurdo de 21,9%, entre as pessoas acima de 65 anos.

A doença de alzheimer é o tipo de doença mais comum, é mais comum também entre as mulheres. O segundo tipo de demência mais comum são vasculares, mais comum nos homens.

Entre 70% e 94% dos pacientes com demência, vivem em casa. Nos países desenvolvidos, fica em torno de 65%.

Metade dos casos de demência no Brasil, são doença de Alzheimer, assim como as mulheres tem uma espectativa maior de vida.

Os tipos de demências mais comuns são:

Demência no mal de Alzheimer;

Demência vascular e;

Demência com corpos de Lewy.

Podem ainda ser classificadas internacionalmente como:

CID 10 - F02.0 Demência da doença de Pick

CID 10 - F02.1 Demência na doença de Creutzfeldt-Jakob

CID 10 - F02.2 Demência na doença de Huntington

CID 10 - F02.3 Demência na doença de Parkinson

CID 10 - F02.4 Demência na doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)

O tratamento integrativo que pretendemos avaliar foi proposto no estudo de.[7] A amostra do estudo foi formada por 35 pacientes (20 do sexo masculino, 15 do feminino) com uma idade média de 71,05 anos, diagnosticados com demência moderada e depressão. O tratamento proposto pelos autores incluiu: antidepressivos (sertralina, citalopram ou venlafaxina XR, apenas ou em combinação com bupropiona XR), inibidores de colinesterase (donepezil, rivastigmine ou galantamine), como também vitaminas e suplementos (multivitaminas, vitamina E, ácido alfa lipóico, omega-3 e coenzima Q-10). As pessoas participantes do estudo foram encorajadas a modificar a sua dieta e estilo de vida bem como a executarem exercícios físicos moderados. Os resultados do estudo demonstraram que a abordagem integrativa não apenas diminuiu o declínio cognitivo em 24 meses, mas até mesmo melhorou a cognição, especialmente a memória e as funções executivas (planejamento e pensamento abstrato).

Atualmente, o principal tratamento oferecido para as demências baseia-se nas medicações inibidoras da colinesterase (donepezil, rivastigmina ou galantamina), que oferecem relativa ajuda na perda cognitiva, característica das demências, porém, com uma melhora muito pequena. Nesse sentido, a melhora das funções cognitivas verificadas no estudo avaliado não pode ser relacionada apenas a esse tipo de medicação.

Ajudam a diminuir a demência:

Exercícios físicos

Uma dieta funcional

vitaminas antioxidantes (vitamina e C e E, por exemplo)

Ademais, Shatenstein e identificaram que pessoas com demência tenderam a ter uma alimentação mais pobre em macronutrientes, cálcio, ferro, zinco, vitamina K, vitamina A e ácidos gordurosos. O que pode acentuar o curso degenerativo da doença. Aspecto que justifica a ministração de suplementos alimentares para essa população, devido à dificuldade de se alimentar, um dos sintomas que tendem a fazer parte do quadro de demência.

Em relação ao ácido alfa lipóico e à coenzima Q10, potentes antioxidantes cerebrais, ou seja, redutores dos radicais livres.

Metade das demências podem ser prevenidas ou pelo menos adiadas mantendo uma vida social, intelectual e profissional ativa

Uma vida com compromissos e ativa também revelou melhorar as perdas cognitivas em demências mais moderadas. O uso do fumo também pode vulnerabilizar as pessoas para a demência. Desse modo, a mudança do estilo de vida é um fator fundamental para minimizar o curso das perdas evidenciadas na demência.

Assim, o diagnóstico precoce da demência é um aspecto importante para que os tratamentos existentes possam diminuir a progressão das perdas cognitivas, funcionais, sociais e profissionais em pessoas com essa patologia. Conforme demonstrou o estudo de Bragin et al. (2005), o tratamento deve ser integrativo, envolvendo uma equipe multidiscliplinar, com medicações específicas e suplementação alimentar, além de uma mudança do estilo de vida que inclui exercícios físicos moderados, cessação do uso do fumo, uma alimentação adequada e uma vida com o máximo possível de atividades.

É frequente a comorbidade entre depressão, transtornos de ansiedade, distúrbios comportamentais e transtornos delirantes e demências, por isso é importante o acompanhamento psicológico regular.

Esse acompanhamento inclui os familiares pois a demência causa grande impacto nos cuidadores, especialmente na família nuclear, os deixando vulneráveis a transtornos psicológicos como síndrome de burnout (exaustão física e psicológica).

Wikipedia

Introdução: By Jânio