quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O problema não é a corrupção




A marcha contra a corrupção, em Brasília,  contou com a participação de mais de 25 mil pessoas. O número de pessoas surpreendeu, mas poderia ser maior.

Uma pergunta que muitos brasileiros  tem feito é: Por que os brasileiros se preocupam mais com futebol que com o próprio futuro e com a política?

A resposta é simples: Quando uma pessoa vai ao estádio de futebol, ela sabe muito bem porque está ali, sabe qual o seu objetivo. Se alguém perguntar qual é o placar esperado, cada pessoa terá o seu palpite na ponta da língua.

A conspiração das minorias faz com que cada grupo de pessoas se preocupe com o seu próprio interesse, assim, os professores estarão preocupados com o aumento de seus salários, assim como os bombeiros, sem tetos, sem terra, gls, mulheres, afros, sêniors, etc.

Mesmo quando há interesses em comum, quando o destino de um afeta  a vida do outro, isso passa despercebido.

Os pais de alunos não se preocupam em saber quanto os professores recebem, mesmo sabendo que disso dependerá a qualidade na educação. Um professor que trabalha além do normal, ou que dá aulas para quarenta alunos numa mesma sala, nunca terá um bom rendimento.

Querer acabar com a corrupção no grito, é muito bonito, mas poderá ficar difícil, sem saber qual é a causa do problema.

É preciso estudar o problema, saber as causas e, além disso, mostrar para as classes mais afetadas pelas desigualdades,  as vantagens  de se lutar por melhores condições.

Se os argumentos dessa organização não forem convincentes, dificilmente haverá adesão de todas as classes ao movimento.

A corrupção é a consequência de altos impostos, provocando uma situação bizarra de taxa de câmbio, Selic, dívida interna e decadência da estrutura do governo. Banqueiros como Chico da Fossa, Sílvio Santos, Daniel Dantas, Cacciola, Nagi Nahas, José Eduardo, todos se acham no direito de financiarem projeto fantasmas, fraudulentos.

Empresas se vêem obrigadas a viver na marginalidade, assim como toda a sociedade. Não há concorrência justa e as empresas preferem se unir a competir uma com as outras.

Quando não é possível pagar taxas exorbitantes, surge a corrupção, máfia de fiscais, caixa dois etc.

É preciso lutar contra os impostos altos, mas como convencer as pessoas de que elas estão pagando impostos muito altos. Alguns postos de gasolina até fazem protestos, mas quem leva a sério?

Ninguém está preocupado com os problemas alheios, mesmo que esse problema também o afete.

Não adianta tirar um governo e colocar outro, a corrupção sempre haverá, enquanto houverem impostos altos.

O governo sempre reclama que não tem dinheiro, mas os banqueiros como Sílvio santos não tem dificuldade em retirar 4 bilhões e meio do Banco central.

É preciso baixar os impostos imediatamente, além de prender os banqueiros que levam todo esse dinheiro arrecadado.

Será muito difícil convencer as pessoas de que suas vidas poderá mudar, caso todas as classes se unam.

Quem estará disposto a pagar o preço?

By Jânio