quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Seguro de morte


O crime no Brasil está cada vez mais organizado, enquanto a polícia está cada vez mais desorganizada. Isso ocorre porque, ao contrário do que as pessoas possam pensar, os criminosos trabalham muito mais que a polícia, ganham muito mais e são incentivados a continuar se desenvolvendo.

Há várias modalidades de crimes no Brasil: Crimes menores ou maiores, crimes de trombadinhas, assaltos simples, assaltos complexos, estelionato, corrupção, cracker, roubo de carga, contrabando, máfias de combustíveis, fiscais, tráfico, roubo de carro, lavagem de dinheiro, consultorias, mensalões, financiamentos públicos, tráfico de influencias, licitações e construtora, caixa dois, etc.

Os arrastões em mercados americanos, lembram muito os arrastões brasileiros, mas as badernas de primeiro mundo são bem mais sofisticadas, como foi o caso dos protestos em londres.

O terrorista Norueguês parecia querer dizer o quanto um único homem pode destruir e matar, felizmente, para a Noruega, não há tantos malucos como ele soltos pelas ruas.

A criatividade brasileira no crime é notável, isso pode ser comprovado nos sequestros relâmpagos. Enquanto um Senador anda com quatro ou cinco seguranças armados, uma pessoa comum fica desprotegida, trabalhando para sustentar os bandidos.

Quase todo dia há notícias de sequestros relâmpagos, onde os bandidos sequestram um pobre filho de Deus, enquanto tentam extorquir dinheiro de seu cartão. Alguns são presos, quando o cartão acusa a origem, endereço do pagamento, mas eles não desistem.

As vítimas sempre correm risco de morte, afinal, estando em mãos de criminosos que sabem que o corpo é uma prova de acusação importante, parece lógico que queiram se livrar de suas vítimas.

O cartão de crédito também está sendo aceito para o pagamento de drogas, aliás, essa forma de pagamento é a forma mais segura, e eles chegaram a conclusão de que não poderiam ser excluídos desse conforto.

...mas nenhuma forma de crime assusta mais que o seguro contra o próprio crime, estava na cara que isso não ia dar certo. É isso mesmo, fazer um seguro tornou-se uma forma arriscada de perder a vida, pior, esse risco não é previsto no seguro.

A decadência da classe média e da família, sempre foi acompanhada de um ponto de equilíbrio, representado pela educação e pela religião, mas esse ponto de equilíbrio vem sendo eliminado pelo poder da TV. Não são os costumes anarquistas que representam o maior perigo para a sociedade, esses apenas confrontam a sua organização, o maior perigo vem de dentro para a fora e pode explodir tudo em menos tempo do que poderíamos imaginar.

Crimes em famílias desestruturadas e carentes são muito comuns, mas crimes em famílias de classe média alta não, e isso está se tornando cada vez mais frequente.

Famílias da alta sociedadede tem os melhores seguros, e eles se sentiam confortáveis até agora, mas a sua segurança está se transformando em terror, quando seus filhos decidem que não devem esperar a vida toda pela herança.

Enquanto Bill Gates convence os homens mais ricos do mundo a doar suas fortunas para sua fundação, depois de mortos, o que poderá criar a maior concentração de capitais da história da humanidade, aqui no Brasil, os filhos preferem abreviar o tempo de vida dos pais, pior, tem pai pensando em abreviar o tempo de vida do filho também.

As funerárias de minha cidade foram muito criativas em vender caixões, como as vendas estavam fracas, agregaram outros benefícios ao seguro de morte. Junto aos caixões, passaram a vender planos de saúde, assim, os clientes podem optar pelo tipo de atendimento que mais desejarem, na vida ou na morte.

Eu andei pensando sobre essas estratégias e bolei até uma campanha: "Compre já o seu caixão, em nossa promoção especial do dia, você compra três e só leva dois, demonstrando o seu amor pela sua família."

By Jânio