segunda-feira, 2 de maio de 2011

O erro americano




A morte de Osama Bin Laden causou repercussão pelo mundo inteiro. Desde o Chacal, nenhum terrorista incomodou tanto o FBI.

Não é para menos, Osama Bin Laden foi, é, e será, para sempre, um mito entre revolucionários e terroristas. Assim como o Chacal, Osama Bin Laden deixou dúvidas sobre veracidade da morte dele.

Osama Bin Laden é polêmico, podendo ser um terrorista, fundamentalista, ou líder revolucionário.

Sua morte deixa mais perguntas que respostas, mas, certamente, muita gente dormirá mais tranquila à partir de agora.

Em 11 de setembro, sua logística infalível não deixou dúvidas quanto a autoria do atentado. Só alguém muito inteligente, treinado pelos próprios americanos, poderia sequestrar simultaneamente quatro aviões.

Enquanto dois aviões atingiam as torres gêmeas do World Trade Center, criando um misto de mito e monstro na história da civilização humana, dois outros aviões seguiam um alvo bem mais objetivo. Três atingiram o alvo, mas o quarto não conseguiu.

Dizem que os passageiros teriam derrubado o quarto avião, pode ter sido. Enquanto tentavam escapar dos sequestradores, poderiam ter provocado o acidente, mas poderia ter sido o governo também.

É muito bom criar heróis e mitos, mas nem todos somos. Acreditar que justamente naquele quarto avião estariam os heróis, é muita bonito, mas lá estavam os terroristas também.

O controle do avião era muito mais difícil que controlar as pessoas, mesmo que elas tenham recebido as notícias dos outros ataques pelo celular.

O avião poderia ter caído por acidente, enquanto os passageiros tentavam se salvar, mas derrubar um grande avião é muito mais fácil do que parece, isso pode ser comprovado em vários acidentes aéreos no Brasil.

Os EUA festejaram a morte de Osama Bin Laden como quem festeja o fim de uma guerra, já a Inglaterra foi mais precavida.

A política e o terrorismo internacional sempre trazem consequências. No caso de organizações terroristas, isso pode ser ainda pior, e a Inglaterra sabe disso.

Eu tenho um amigo que costuma dizer: "Destruir o que está feito é muito mais fácil que construir", infelizmente ele está certo.

Essa demora para capturar Osama Bin Laden, mais de dez anos, foi um tempo mais que suficiente para que ele pudesse preparar vários sucessores.

A Al Qaeda já apresenta uma estrutura com células colaborativas, isso foi inclusive mostrado no cinema, num filme estrelado por Denzel Washington. Isso significa que esses guerrilheiros são preparados para agir isoladamente, e morrer por isso.

Como pôde ser comprovado onde Osama estava, ele não teria condições de controlar nada dali, portanto, já haviam outros no comando.

O grupo de guerrilheiros treinados pela CIA, durante a guerra do Afeganistão contra a União Soviética, evoluiu, tornando-se um movimento. Os americanos conhecem muito bem a origem do grupo, mas não sabem sabem de sua capacidade hoje, ninguém sabe.

A Al Qaeda vinha perdendo credibilidade nos últimos anos, mas a morte de seu inspirador poderia motivar novos ataques, para recuperar sua "importância".

Se os americanos criaram a expressão "guerra ao terror", é verdade também que em uma guerra não há mocinhos nem bandidos.

Acabar com o terrorismo só será possível depois de se acabar com a fome, desemprego, ignorância. O problema é que a guerra é filha da ignorância.

Em plena era digital, o terrorismo anda em baixa. Não é preciso mais dizer ao povo o que é certo ou errado, só é preciso dizer "Libertas Quae Será Tamen" - "Vocês estão esperando o quê?"

Foi por isso que o mundo árabe começou a mudar sua realidade, cansaram de esperar Osama Bin Laden.

Agora, os tempos são outros, o povo é quem deve decidir como promover mudanças. Matar Osama Bin Laden, na minha opinião não foi o maior erro dos EUA, não maior do que matar Saddan Hussein.

Os EUA deverão procurar um novo inimigo para alimentar sua paranóia e sofrer suas consequências.

A morte de Osama Bin Laden

Lista negra do FBI

Imagens de 11 de Setembro



By Jânio