segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A cruz de cada um de nós



Há um ponto do Cristianismo que é bem claro, a simbologia da cruz. Esse é um ponto crucial, literalmente falando, de onde não se pode desviar, sob pena de se (co)romper com toda a ideologia cristã.

Depois da crucificação de Jesus Cristo, os cristãos mostraram ao mundo uma atitude incomparável, a possibilidade de vencer a morte. Durante algum tempo, cristãos foram jogados aos leões, mostrando ao povo mais forte do mundo (romano) o poder da fé.

O enfrentamento da morte exige disciplina, tradição, e seria visto novamnete contra o país mais poderoso do mundo, a Inglaterra, por Joana Dárc.

Ainda, há pouco tempo, a história registrou vários atos de enfrentamento da morte: Durante a Grande Guerra, com os kamikazes japoneses e após a Guerra, com os "terroristas - Nessa época, o povo mais forte são os EUA."

Apesar desses fatos, aqui narrados, aceitar nossa cruz não implica nescessariamente em morte, pelo menos não nos tempos modernos. Nesmo assim, um homem ateou fogo ao próprio corpo, tornando-se mártir dos novos movimentos revolucionários, que começam a derrubar ditadores por toda a comunidade islâmica/mulçumana.

Será preciso confrontar, pela primeira vez, nesses países, se a religião deve estar ligada à política, ou não, e maís, qual o papel de cada uma em suas vidas.

Na Venezuela, um homem morreu em greve de fome, mas, ali, também houve o questionamento: Qual era o objetivo da greve? - Defender os próprios direitos, direitos de uma classe, ou uma simples vingança? - Com certeza não foi o direito do povo, que estava muito bem controlado pelo governo.

O caso da Venezuela é complexo, moderno, mostra um mundo elitizado, onde a classe média alta entra em conflito com o Governo, que deve decidir qual o apoio que deseja, povo ou empresários/fazendeiros.

De um modo geral, aceitar nossa cruz, significa aceitar nossas responsabilidades diante da sociedade, comunidade, ou qualquer outro grupo ao qual estejamos ligados.

É muito comum alguém pedir para que façamos algo, como se nós fôssemos os responsáveis por salvar o mundo, não somos.

Eu me lembrei de um comentarista, afirmando que ninguém faz idéia do sacrifício de um líder político. Claro que não, podemos ver na Líbia, o esforço que o governo faz para se manter no cargo, enquanto suas contas são congeladas na Suiça.

Cada pessoa tem as suas responsabilidades, as responsabilidades de um líder político, além de governar, deve ser honesto e ético, se ele não tem competência para isso, deve deixar o cargo.

As responsabilidades do povo, como cidadãos, são conjuntas, sociais. Cada vez que alguém deixa de cumprir uma obrigação, rejeita sua cruz, passando esse peso para outrem.

Quando Jesus carregou sua cruz, até o local de sua "morte", registrou-se o momento mais importante da Bíblia. Jesus assumia, ali, a responsabilidade de toda a sua vida.

Carregando a sua Cruz, Jesus mostrava a importância de se assumir nossas responsabilidades perante o mundo.

Nada do que ele falou era surreal, como muitos pensam, era natural: "Eu sou o filho do homem; são meus pais e irmãos todos aqueles que fazem a vontade de meu pai; meu reino não é desse mundo."

Descendente de reis e profetas, Maria e José, respectivamente, Jesus tinha uma opção clara pelos profetas. O problema é que suas palavras eram revolucionárias, as autoridades não iriam se rebaixar à um "pobre", mesmo sabendo de sua origem real e religiosa, haviam muitos interesses.

Pelo menos duas mil pessoas teriam morrido, em confrontos, na Líbia. Essas pessoas aceitaram suas responsabilidades, para que seus descendentes tenham um futuro.

No Brasil estamos presos a um sistema bipartidário, controlado pelas redes de tvs, mas nós temos muita culpa.

Nós somos culpados, quando ligamos essas tvs; somos culpados quando votamos nesses dois partidos, cuja tendência é se alternar no poder.

O PR indicou um palhaço para ser Deputado, esse palhaço trouxe de volta um ex-Delegado da Polícia Federal, o mesmo que desafiou a cúpula do poder. Como se não bastasse, indicou esse mesmo palhaço para a comissão de Educação e Cultura.

Se tem algo que isso pode nos ensinar, é que devemos lutar contra as pesquisas, cujo bipartidarismo estarão os manipuladores, jogadores, do poder. Se forem apresentadas opções de votos em palhaços, eu até entendo os votos brancos ou nulos, mas não foi isso o que aconteceu.

Está na hora de aceitarmos a nossa cruz, sem misturarmos a religião com política, mostrarmos para os pequenos partidos que eles podem vencer, desde que apresentem um candidato que não seja um palhaço, já que até os palhaços podem vencer.

Nós só temos que cumprir nossa obrigação, aceitar nossa cruz.